Metodologia para a construção da paleta vegetal do projeto paisagístico do Parque Capibaribe, Recife, Pernambuco, Brasil: primeira etapa*
Joelmir Marques da Silva**
Universidade Federal de Pernambuco (Brasil)
Naturaleza y Sociedad. Desafíos Medioambientales • número 13 • septiembre-diciembre 2025 • pp. 1-24
https://doi.org/10.53010/nys13.04
Recebido: 12 de setembro de 2024 | Aprovado: 22 de maio de 2025
Resumo. O respeito e a valorização da fitofisionomia do Recife — especialmente da vegetação e da fauna associadas ao rio Capibaribe — constituem o eixo central do projeto Parque Capibaribe, concebido como uma estratégia de educação ambiental e patrimonial. Para isso, foi essencial compreender a composição vegetal dos fragmentos florestais remanescentes e selecionar espécies adaptáveis ao ambiente urbano, culminando na elaboração de uma paleta vegetal específica para o projeto. Reconhecida como uma das cidades mais vulneráveis às mudanças climáticas no mundo, ocupando a 16ª posição em rankings internacionais, Recife enfrenta desafios significativos no planejamento urbano sustentável. Este artigo apresenta o processo de construção da paleta vegetal do Parque Capibaribe e a lista de espécies selecionadas, destacando o caráter pioneiro da introdução de essências nativas em espaços públicos como estratégia de mitigação climática. A pesquisa baseou-se em dados produzidos pelos projetos “Botânica aplicada ao paisagismo — Parque Capibaribe” e “Identificação e ilustração botânica de espécies da Mata Atlântica aplicada ao paisagismo”, ambos vinculados ao grupo de Pesquisa e Inovação para as Cidades (INCITI), do Laboratório de Tecnologias de Investigação da Cidade da Universidade Federal de Pernambuco. A experiência de projetar um espaço público com foco na requalificação ambiental revelou desafios importantes, sobretudo no que se refere à produção de mudas de espécies nativas, uma prática ainda incipiente no Brasil. Diante de sua condição climática crítica, Recife desponta como referência na busca por soluções baseadas na natureza, consolidando-se como pioneira em pesquisas voltadas à valorização da paisagem urbana, onde o verde assume papel central.
Palavras-chave: paleta vegetal, vegetação nativa, paisagem urbana, cidade, mudanças climáticas, Pernambuco, Brasil.
Metodología para la elaboración de la paleta vegetal del proyecto paisajístico del Parque Capibaribe, Recife, Pernambuco, Brasil: primera etapa
Resumen. El respeto y la valorización de la fitofisionomía de Recife —especialmente de la vegetación y la fauna asociadas al río Capibaribe— constituyen el eje central del proyecto Parque Capibaribe, concebido como una estrategia de educación ambiental y patrimonial. Para ello, fue esencial comprender la composición vegetal de los fragmentos forestales remanentes y seleccionar especies adaptables al entorno urbano, lo que culminó en la elaboración de una paleta vegetal específica para el proyecto. Reconocida como una de las ciudades más vulnerables al cambio climático en el mundo, ocupando el puesto 16 en rankings internacionales, Recife enfrenta importantes desafíos en materia de planificación urbana sostenible. Este artículo presenta el proceso de construcción de la paleta vegetal del Parque Capibaribe y la lista de especies seleccionadas, destacando el carácter pionero de la introducción de especies nativas en espacios públicos como estrategia de mitigación climática. La investigación se basó en datos producidos por los proyectos “Botánica aplicada al paisajismo — Parque Capibaribe” e “Identificación e ilustración botánica de especies de la Mata Atlántica aplicadas al paisajismo”, ambos vinculados al grupo de Investigación e Innovación para las Ciudades (INCITI), del Laboratorio de Tecnologías de Investigación de la Ciudad de la Universidad Federal de Pernambuco. La experiencia de diseñar un espacio público con enfoque en la revalorización ambiental reveló desafíos importantes, especialmente en lo que respecta a la producción de plántulas de especies nativas, una práctica aún incipiente en Brasil. Ante su condición climática crítica, Recife se perfila como referencia en la búsqueda de soluciones basadas en la naturaleza, al consolidarse como pionera en investigaciones orientadas a la valorización del paisaje urbano, donde el verde ocupa un lugar central.
Palabras clave: paleta vegetal, vegetación nativa, paisaje urbano, ciudad, cambio climático, Pernambuco, Brasil.
Methodology for developing the plant palette for the Capibaribe Park landscape project in Recife, Pernambuco, Brazil: initial phase
Abstract. Respect for and appreciation of Recife’s phytophysiognomy—especially the vegetation and fauna associated with the Capibaribe River—are the central focus of the Capibaribe Park project, conceived as an environmental and heritage education strategy. To achieve this, it was crucial to understand the plant composition of the remaining forest fragments and choose species adaptable to the urban environment, resulting in the development of a plant palette specifically for the project. Recognized as one of the world’s most vulnerable cities to climate change, placed 16th in international rankings, Recife faces significant challenges in sustainable urban planning. This article outlines the process of developing the Capibaribe Park plant palette and the list of selected species, emphasizing the pioneering effort to introduce native plants into public spaces as a climate mitigation strategy. The research utilized data from the projects “Botany Applied to Landscaping: Capibaribe Park” and “Identification and Botanical Illustration of Atlantic Forest Species Applied to Landscaping,” both connected to the Research and Innovation for Cities (INCITI) group at the City Research Technologies Laboratory at the Universidad Federal de Pernambuco. The experience of designing a public space focused on environmental revitalization uncovered significant challenges, especially in producing native plant seedlings, a practice still emerging in Brazil. Due to its challenging climate conditions, Recife is becoming a leader in pursuing nature-based solutions and is pioneering research to enhance the urban landscape, with greenery playing a vital role.
Keywords: plant palette, native vegetation, urban landscape, city, climate change, Pernambuco, Brazil.
Introdução
O nosso paiz possue evidentemente uma flora riquíssima e, desse modo, não nos será difficil encontrarmos em qualquer cidade elementos que solucionem essa necessidade. Até então, não tem sido assim o que, entre nós se tem feito nesse sentido. As ruas arborizadas quasi que exclusivamente com Fícus benjamim, além de resolver mal os problemas de arborização urbana, deixam uma impressão de pobreza de nossa flora, o que não é verdadeiro [...] a variedade immensa de plantas que nos offerecem nossas matas magnificas [...] urge que se comece, desde já, a semear, nos nossos parques e jardins, a alma brasileira.” [sic].
Burle Marx in Diario da Tarde, 22/05/1935, p. 1.
Projetar um jardim ou um parque não é negar nem imitar servilmente a Natureza1. É saber transpor e associar, com base em um critério seletivo, pessoal, os resultados de uma observação morosa, intensa e prolongada sobre ela. Toda essa policromia fica assentada sobre um pano de fundo, conferindo forma, ritmo e cor, para realçar, em cada estação, o caráter de uma determinada paisagem. Como afirma Alain Roger (2007), é impossível entender a paisagem como realidade natural, porque toda nossa experiência é mediatizada pela arte e, portanto, é uma operação artística cultural, denominada de “artialização”.
Essa afirmação estabelece, para além de uma separação entre Natureza e paisagem, o caminho invertido para uma (re)compreensão contemporânea da paisagem. Se as coisas que a compõem estão, necessariamente, interligadas em um conjunto mais vasto, esse entendimento nos aponta para a própria paisagem como chave de (re)conexão entre a Natureza e a cultura justo o que se propõe no projeto paisagístico do Parque Capibaribe. O pacto, então, pode ser entendido como “[...] una combinación específica de componentes paisajísticos de índole ambiental, cultural y estética y de dinámicas claramente reconocibles que le confieren una idiosincrasia diferenciada del resto del territorio” (Font e Martí, 2009, p. 415, citado por Veras, 2018, p. 71).
Propõe-se, com o projeto do Parque Capibaribe, a requalificação de 42 km do Rio Capibaribe, abrangendo as margens esquerda e direita, com o objetivo de viabilizar o fluxo dos moradores e usuários em geral, estreitando a relação do ser humano com a Natureza por meio da reestruturação dos fragmentos de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas — tipologia da Mata Atlântica característica da cidade do Recife —, contribuindo, principalmente, para a mitigação das questões climáticas (figura 1).
Diante de um cenário de mudanças climáticas, o projeto do Parque Capibaribe busca ações que reduzam os impactos ambientais na cidade do Recife. Tal condição foi o ponto-chave para que o projeto ganhasse o prêmio do Banco Europeu de Investimentos, quando foi apresentado na Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre o Clima (COP25), realizada em 2019, na cidade de Madri, Espanha. Além disso, salienta-se o Decreto 33.080, de 8 de novembro de 2019, que reconhece a emergência climática global no âmbito da cidade do Recife. Ainda, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, a cidade do Recife foi considerada uma das mais vulneráveis à mudança do clima no mundo, ocupando a 16ª posição no relatório de 2014 (Silva et al., 2021, p. 282).
Figura 1. Localização da cidade do Recife com destaque para a macrozona do Rio Capibaribe, onde o projeto do parque está sendo implementado. Fonte: Silva et al. (2021, p. 284).
Diante de tais questões, construíram-se estratégias de planejamento da paisagem cujo cerne está na reestruturação do sistema de espaços livres, em que a trama de conexão é determinada pelas condições ambientais e ecológicas, tendo o Rio Capibaribe como elemento estruturador. Dessa forma, busca-se favorecer a recuperação ambiental por meio de diretrizes e ações que possuem parâmetros mais restritivos à medida que se aproxima do rio (Pesquisa e Inovação para as Cidades-Universidade Federal de Pernambuco [UFPE-INCITI], 2020). Tais ações estão diretamente atreladas ao Plano Urbanístico de Recuperação Ambiental do Rio Capibaribe (Pura Capibaribe).
Evidencia-se que a implementação do projeto do Parque Capibaribe abarca condicionantes que vão além da estética e da função meramente ornamental, sendo a ética ambiental o eixo estruturante. Nessa perspectiva, a paleta vegetal “fortalece o ecossistema consolidado [...] das margens do Rio Capibaribe, onde a presença significativa de espécies vegetais exóticas e invasoras, afasta a lógica da ecologia e do entendimento da paisagem local, ou seja, da identidade do lugar” (Silva et al., 2021, p. 283).
Por serem constituídos por materiais vivos, jardins e parques são criados para o futuro. De acordo com a paisagista Carmen Añón Feliú (1994), “o projetista os cria em determinada época, que foram depois mudados e transformados. Uma ação que converte o tempo em elemento criativo” (p. 221), o que significa dizer que “hoy son de un modo a la mañana y de otro a la tarde, de un modo en verano y de otro en invierno... y ¿mañana o dentro de 5 meses?... no lo sabemos” (Berjman, 2001, p. 5). Tais características tornam o jardim/parque uma arte complexa e entendê-las é de fundamental importância para as ações de projeto e conservação. Por tudo isso, considera-se que o jardim ou o parque é “obra de arte + ciencia + técnica. Pero lo natural no se agota en lo verde. Incluye también relaciones y significados que hacen a la esencia de lo humano” (Berjman, 2001, p. 5).
Dessa forma, objetivou-se, com este artigo, apresentar o processo de construção da paleta vegetal do Parque Capibaribe, assim como a lista de espécies, que tem como pioneirismo a introdução de essências nativas no espaço público.
Ressalta-se que o cerne do artigo está na “Metodologia”, a qual pode ser replicada em outras realidades urbanas, evidenciando o caminho percorrido para o entendimento da vegetação local e os critérios utilizados para a seleção das espécies que compõem a paleta vegetal. Assim, em “Resultados e discussão”, apresenta-se uma análise crítica sobre as espécies vegetais selecionadas e sua adequação ao território do Recife, bem como sua aplicabilidade no projeto paisagístico do Parque Capibaribe. Por fim, nas “Conclusões”’, realiza-se uma análise global da importância do pensamento de projetar com a Natureza, visando a uma cidade justa, tanto ambiental quanto culturalmente.
Metodologia
As relações e significados do projeto paisagístico do Parque Capibaribe (figura 2), que estão atrelados à condição de cidade-parque, fizeram com que diversos olhares pairassem sobre o Rio Capibaribe em busca de seu valor paisagístico. Como o valor é um conjunto de atributos, vamos nos deter aqui no atributo “vegetação”.
Figura 2. Área de influência do Projeto do Capibaribe (Zona Parque) atrelada à bacia do Rio Capibaribe, onde pode-se ver a articulação entre patrimônio natural e cultural viabilizada pelas ruas de infiltrações de caráter ambiental e ecológico. Fonte: UFPE-INCIT (2020, p. 350).
Diante da complexidade no emprego da vegetação no projeto do Parque Capibaribe, fez-se necessária a elaboração de uma paleta vegetal a partir dos dados elaborados pelos projetos de pesquisa: (1) Botânica aplicada ao paisagismo — Parque Capibaribe (2018-2019) e (2) Identificação e ilustração botânica de espécies da Mata Atlântica aplicada ao paisagismo (2019-2022), vinculado grupo de pesquisa INCITI do Laboratório de Tecnologias de Investigação da Cidade, da UFPE, credenciado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e financiado pela Prefeitura da Cidade do Recife e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco.
Para a construção da paleta vegetal, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais em teses, dissertações, artigos científicos e relatórios técnicos, com destaque para as produções de Dom Bento Pickel e Dárdano (1942 e 1949) e de Andrade-Lima, do início do século 20 (1950, 1951 e 1957). Foi importante observar que as espécies vegetais descritas na década de 1950 e de 1960 por Dárdano de Andrade-Lima — que ampliou os dados de levantamentos realizados por Dom Bento Pickel, então professor de botânica da Escola Superior de Agricultura de Tapera (Pernambuco), entre 1917 e 1936 — se repetem nos estudos florísticos atuais, o que, de certa forma, indica uma estabilidade nos fragmentos florestais.
Nesse sentido, e sabendo que 8 das 25 Unidades de Conservação da Natureza (UCN) da cidade do Recife estão diretamente ligadas ao Rio Capibaribe, a saber: (i) UCN Mata das Nascentes; (ii) UCN Mata da Várzea; (iii) UCN Caxangá; (iv) APA Capivaras; (v) UCN Iputinga; (vi) APA Açude de Apipucos; (vii) UCN Dois Irmãos e (viii) UCN Parque Natural Municipal dos manguezais, se intencionou realizar uma compilação de estudos florísticos e fitossociológicos que abarcassem tais UCNs para entender a fitofisionomia característica. Contudo, percebeu-se a carência de estudos em tais áreas. Entretanto, para a UCN Dois Irmãos e áreas florestais próximas a algumas UCNs foram identificados estudos significativos, e como pertencem a mesma fitogeografia2 procedeu-se com a análise da vegetação (figura 3).
Figura 3. Unidades de Conservação da Natureza na Macrozona Rio Capibaribe. Estruturação realizada com base no Pura-Capibaribe (UFPE/INCITI, 2020), no Plano Diretor (2008) e no SMUP (2014) sobre base das Informações Geográficas do Recife (ESIG), 2020. Fonte: Silva et al. (2021 p. 284).
A importância da seleção das espécies, com base nos levantamentos florísticos, para compor a paleta vegetal do projeto paisagístico do Parque Capibaribe atende ao parágrafo 1º do artigo 2º do Decreto 23.809, de 23 de julho de 2008, que regulamenta a Zona Especial de Proteção Ambiental 2 — Estuário do Rio Capibaribe. Esse decreto está em conformidade com a Lei Federal 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e dá outras providências3, que determina que se deve: “Assegurar a sustentabilidade e, de acordo com o SNUC, a preservação dos sistemas naturais, especialmente os recursos hídricos e vegetacionais, essenciais à conservação da biodiversidade”, bem como o parágrafo 2º, que especifica a necessidade do “[...] descortino e/ou proteção das paisagens naturais”. Também é importante citar a Lei17.666/2010, que disciplina a arborização urbana no município do Recife e dá outras providências que especifica, no artigo 6º, que a arborização deve “recuperar aspectos da paisagem natural e urbana além de atenuar os impactos decorrentes da urbanização”.
Dessa forma, as determinações/especificações apresentadas nas leis e no decreto acima citados impossibilitam a implementação de espécies, mesmo de Floresta Atlântica, que não sejam característica da região.
A fim de entender a dinâmica ecológica de cada espécie, realizou-se a classificação dos grupos ecológicos e hábitos seguindo as recomendações de Martins e Rodrigues (2002) e Lorenzi (2009, 2010). Assim, foram adotadas quatro categorias, segundo as definições de Gandolfi et al. (1995):
Essa classificação, principalmente das espécies pioneiras e secundárias, é uma condição essencial e deve ser respeitada em um sistema de plantio artificial, como ocorre nos projetos paisagísticos.
No que tange à amenização do microclima local, as características das espécies — principalmente a arquitetura de copa, o tamanho que podem atingir na maturidade e a área foliar — foram as variáveis que possibilitaram classificá-las quanto ao potencial de redução do calor: alto, médio e baixo. Essa classificação foi aplicada e testada por Monteith e Unsworth (1990), que verificaram, em seus estudos, que árvores altas, com copas frondosas e densas e com significativa área foliar4, reduziam tanto a temperatura do ar quanto a do solo. Além disso, de acordo com Houghton (1984), as copas frondosas contribuem para a redução da velocidade do vento e da erosão do solo pelo impacto das chuvas.
Resultados e discussão
Diante de um total de 523 espécies inventariadas — entre árvores, arbustos, herbáceas (terrestre e aquáticas) e lianas —, 195 foram selecionadas para compor a paleta vegetal do projeto paisagístico do Parque Capibaribe pelos seguintes motivos: (i) potencial paisagístico; (ii) capacidade de suportar ambientes urbanos; (iii) possuir elevado ou baixo Índice de Valor de Importância (IVI %)5; (iv) ausência de toxicidade; (v) ausência de acúleos ou espinhos e (vi) potencial para a redução da temperatura do microclima local.
Essas 195 espécies compreendem 123 gêneros e 53 famílias botânicas. As famílias mais representativas, em termos de quantidade de espécies, são: Fabaceae (47), Rubiaceae (10), Melastomataceae, Apocynaceae, Bignoniaceae e Convolvulaceae (7), Passifloraceae e Sapotaceae (6) e Clusiaceae e Erythroxylaceae (5). No que diz respeito ao gênero, destacam-se: Inga (10), Miconia (8), Psychotria (7), Passiflora (6) e Erythroxylum e Pouteria (5). Em relação ao hábito, 95 são arbóreas; 37, subarbustivas; 31, lianas; 19, arbustivas; e 13, herbáceas. Já para o grupo ecológico, 69 são pioneiras; 55, secundárias iniciais; 33, secundárias tardias; 13 são clímax; e 25 não possuem classificação definida, conforme a literatura (tabela 1).
Tabela 1. Relação das espécies proposta para o projeto paisagístico do Parque Capibaribe tomando por base os resultados das pesquisas realizadas nos projetos: (i) Botânica Aplicada ao Paisagismo — Parque Capibaribe (2018-2019) e (ii) Identificação e ilustração botânica de espécies da Mata Atlântica aplicada ao paisagismo (2019-2022).
Família/espécie |
Nome popular |
Grupo ecológico |
Hábito |
Capacidade de amenização do microclima |
---|---|---|---|---|
Acanthaceae |
||||
Aphelandra nuda Nees |
Pau-amamelo |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Avicennia schaueriana Stapf & Leechm. ex Moldenke |
Mangue-preto |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Conocarpus erectus L. |
Mangue-botão |
Pioneira |
Arbusto/árvore |
- |
Mendoncia blanchetiana Profice |
- |
Secundária inicial |
Liana |
- |
Achariaceae |
||||
Carpotroche brasiliensis (Raddi) A Gray |
Sapucainha |
Clímax |
Arbusto/ árvore |
- |
Anacardiaceae |
||||
Astronium fraxinifolium Schott |
Gonçalves |
Secundária tardia |
Árvore |
Média |
Astronium urundeuva (M. Allemão) Engl. |
Aroeira |
Pioneira |
Árvore |
Média |
Anacardium occidentale L. |
Cajueiro |
Sem classificação |
Árvore |
Baixa |
Schinus terebinthifolia Raddi |
Aroeira |
Pioneira |
Árvore |
Média |
Spondias lutea L. |
Cajazão |
Secundária tardia |
Árvore |
Média |
Spondias macrocarpa Engl. |
Cajá-redondo |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Spondias mombin L. |
Cajá |
Sem classificação |
Árvore |
Baixa |
Tapirira guianensis Aubl. |
Capiúba |
Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Thyrsodium spruceanum Benth |
Caboatã-de-leite |
Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Annonaceae |
||||
Xylopia frutescens Aubl. |
Embiriba-vermelha |
Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Apocynaceae |
||||
Aspidosperma discolor A. DC. |
Pau-falho |
Secundária tardia |
Árvore |
média |
Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll. Arg. |
Gararoba |
Clímax |
Árvore |
Média |
Hancornia speciosa Gomes var. speciosa |
Mangaba |
Clímax |
Árvore |
Baixa |
Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson |
Banana-de-papagaio |
Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Mandevilla moricandiana (A.DC.) Woodson |
Mandevila |
Secundária inicial |
Liana |
- |
Mandevilla scabra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) K. Schum. |
Mandevila |
Secundária inicial |
Liana |
- |
Rauvolfia grandiflora Mart. ex A. DC. |
Muirapiniga |
Secundária inicial |
Arbusto/árvore |
- |
Aquifoliaceae |
||||
Ilex sapotifolia Reissek |
Mané-gonçalves |
Pioneira |
Árvore |
Média |
Araliaceae |
||||
Oreopanax fulvum Marchal |
Figueira-do-mato |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. & Frodin |
Sambaqui |
Secundária inicial |
Árvore |
- Média |
Arecaceae |
||||
Acrocomia intumescens Drude |
Macaúba |
Pioneira |
Erva |
Baixa |
Bactris ferruginea Burret |
Coquinho |
Secundária inicial |
Erva |
Baixa |
Aristolochiaceae |
||||
Aristolochia brasiliensis Mart. & Zucc. |
Jarrinha |
Pioneira |
Liana |
- |
Asteraceae |
||||
Acmella uliginosa (Sw.) Cass. |
Jumbu-pequeno |
Sem classificação |
Erva |
- |
Tilesia baccata (L.) Pruski |
- |
Secundária inicial |
Arbusto |
- |
Tridax procumbes L. |
Erva-de-touro |
Pioneira |
Erva |
- |
Vernonia scorpioides (Lam.) Pers. |
Piracá |
Pioneira |
Liana |
- |
Bignoniaceae |
||||
Bignonia corymbosa (Vent.) L.G. Lohmann |
Cipó-taí |
Pioneira |
Liana |
- |
Fridericia conjugata (Vell.) L.G. Lohmann |
Cipó-roxo |
Pioneira |
Liana |
- |
Lundia cordata (Vell.) DC. |
Cipó-de-vaqueiro |
Secundária tardia |
Liana |
- |
Phryganocydia corymbosa (Vent.) Bureau ex K. Schum. |
Cipó |
Pioneira |
Liana |
- |
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos |
Ipê-rosa |
Secundária tardia |
Árvore |
Média |
Handroanthus roseo-albus (Ridl.) Mattos |
Ipê-branco |
Secundária tardia |
Árvore |
Média |
Handroanthus serratifolius (Vahl) S. Grose |
Ipê-amarelo |
Secundária tardia |
Árvore |
Média |
Bombacaceae |
||||
Pachira aquatica Aubl. |
Munguba |
Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Eriotheca gracilipes (K.Schum.) A. Robyns |
Paineira |
Sem classificação |
Árvore |
Baixa |
Boraginaceae |
||||
Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. |
Louro |
Pioneira/Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Cordia superba Cham. |
Guanhuma |
Secundária inicial |
Arbusto |
- |
Varronia multispicata (Cham.) Borhidi |
Maria-preta |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Burseraceae |
||||
Protium aracouchini (Aubl.) Marchand |
Amescla-de-cheiro |
Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Protium giganteum Engl. |
Amescoaba |
Secundária tardia |
Árvore |
Alta |
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand |
Amescla-de-cheiro |
Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Calophylaceae |
||||
Caraipa densifolia Mart. |
Camaçarí |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Cannabaceae |
||||
Trema micrantha (L.) Blume |
Pau-pólvora |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Capparaceae |
||||
Capparis flexuosa (L.) L. |
Feijão-da-praia |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Chrysobalanaceae |
||||
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch |
Oiti |
Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Clusiaceae |
||||
Garcinia brasiliensis Mart. |
Bacupari |
Clímax |
Árvore |
Baixa |
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi |
Bacupari |
Secundária tardia |
Árvore |
Baixa |
Symphonia globulifera L. f. |
Bulandi |
Pioneira |
Árvore |
Média |
Tovomita brevistaminea Engl. |
Mangue-da-mata |
Pioneira |
Árvore |
Alta |
Tovomita mangle G. Mariz |
Mangue-da-mata |
Secundária inicial |
Arbusto/árvore |
- |
Combretaceae |
||||
Laguncularia racemosa (L.) C.F.Gaertn. |
Mangue-branco |
Pioneira |
Árvore |
Alta |
Connaraceae |
||||
Connarus blanchetii Planch. |
- |
Secundária tardia |
Arbusto/liana |
- |
Convolvulaceae |
||||
Ipomoea bahiensis Willd. ex Roem. & Schult. |
Jitirana |
Pioneira |
Liana |
- |
Ipomoea purpurea (L.) Roth |
Cordas-de-viola |
Pioneira |
Liana |
- |
Ipomoea martii Meisn |
Ipoméia |
Sem classificação |
Liana |
- |
Ipomoea quamoclit L. |
Esqueleto |
Sem classificação |
Liana |
- |
Jacquemontia glaucescens Choisy |
- |
Secundária inicial |
Liana |
- |
Merremia macrocalyx (Ruiz & Pav.) O’Donell |
Jitirana |
Pioneira |
Liana |
- |
Merremia umbellata (L.) Hallier f. |
Batata-de-purga |
Pioneira |
Liana |
- |
Cyperaceae |
||||
Bolboschoenus robustus (Pursh) Soják |
- |
Pioneira |
Erva |
- |
Eleocharis acutangula (Roxb.) Schult. |
Junco |
Pioneira |
Erva |
- |
Dilleniaceae |
||||
Curatella americana L. |
Sambaíba |
Pioneira |
Arbusto/árvore |
- |
Davilla aspera (Aubl.) Benoist |
Cipó-de-fogo |
Secundária tardia |
Liana |
- |
Davilla kunthii A.St.-Hil. |
Cipó-de-fogo |
Secundária tardia |
Liana |
- |
Tetracera breyniana Schltdl. |
Cipó-de-fogo |
Secundária tardia |
Liana |
- |
Dioscoreaceae |
||||
Dioscorea marginata Griseb. |
- |
Secundária tardia |
Liana |
- |
Erythroxylaceae |
||||
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. |
Cumixá |
Secundária tardia |
Arbusto/árvore |
- |
Erythroxylum distortum Mart. |
Rompe-gibão |
Secundária tardia |
Arbusto |
- |
Erythroxylum mucronatum Benth. |
Cumixá |
Secundária tardia |
Arbusto/árvore |
- |
Erythroxylum squamatum Sw. |
Cumixá |
Secundária tardia |
Arbusto |
- |
Erythroxylum passerinum Mart. |
Rompe-gibão |
Secundária tardia |
Arbusto/árvore |
- |
Euphorbiaceae |
||||
Euphorbia hyssopifolia L. |
Erva-andorinha |
Secundária tardia |
Erva |
- |
Euphorbia prostrata Aiton |
Quebra-pedra |
Secundária tardia |
Erva |
- |
Heliconiaceae |
||||
Heliconia psittacorum L. |
Heliconia |
Sem classificação |
Erva |
- |
Hernandiaceae |
||||
Sparattanthelium tupiniquinorum Mart. |
- |
Secundária tardia |
Arbusto |
- |
Hyperiaceae |
||||
Vismia guianensis (Aubl.) Pers. |
Lacre |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Lecythidaceae |
||||
Eschweilera ovata (Cambess)Mart.exMiers |
Imbiriba-branca |
Secundária tardia |
Árvore |
Alta |
Gustavia augusta L. |
Sapucarana |
Clímax |
Arbusto/árvore |
- |
Lecythis pisonis Cambess. |
Sapucaia |
Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Lecythis lanceolata Poir. |
Sapucainha |
Clímax |
Árvore |
Alta |
Fabaceae |
||||
Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. |
Pata-de-vaca |
Secundária inicial |
Arbusto/árvore |
- |
Bauhinia forficata Link |
Unha-de-vaca |
Pioneira/Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Bauhinia forficata subsp. pruinosa (Vogel) Fortunato & Wunderlin |
Pata-de-vaca |
Pioneira/Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Paubrasilia echinata (Lam.) Gagnon, H.C. Lima & G.P. Lewis |
Pau-brasil |
Secundária tardia |
Árvore |
Alta |
Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. |
Pau-ferro |
Sem classificação |
Árvore |
Alta |
Cassia grandis L.f. |
Cássia-grande |
Pioneira |
Árvore |
Média |
Copaifera langsdorffii Desf. |
Copaíba |
Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Copaifera nitida Hayne |
Copaíba |
Pioneira |
Árvore |
Alta |
Dialium guianense (Aubl.) Sandwith |
Jataipeba |
Secundária tardia |
Árvore |
Alta |
Hymenaea courbaril L. |
Jatobá-preto |
Clímax |
Árvore |
Alta |
Hymenaea martiana Hayne |
Jatobá-vermelho |
Pioneira |
Árvore |
Alta |
Hymenaea rubriflora Ducke |
Jatobá |
Pioneira |
Arbusto/árvore |
- |
Senna alata (L.) Roxb. |
Cassia-de-pasto |
Pioneira |
Arbusto/árvore |
- |
Senna quinquangulata (Rich.) H.S. Irwin & Barneby |
- |
Secundária inicial |
Arbusto/árvore/liana |
- |
Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby |
Fedegosão |
Sem classificação |
Arbusto/árvore |
- |
Senna spectabilis (DC.) H.S.Irwin & Barneby |
Cássia-do-nordeste |
Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record |
Manjolo |
Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan |
Angico-branco |
Secundária inicial |
Arbusto/árvore |
- |
Balizia pedicellaris (DC.) Barneby & J.W. Grimes |
Timbuíba |
Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong |
Tamboril |
Pioneira/Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Inga blanchetiana Benth. |
Ingá-caixão |
Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Inga capitata Desv. |
Ingá-feijão |
Secundária tardia |
Árvore |
Baixa |
Inga cayennensis Sagot ex Benth. |
Ingá-peludo |
Secundária tardia |
Árvore |
Baixa |
Inga fagifolia Willd. ex Benth. |
Ingá |
Pioneira/Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Inga flagelliformis (Vell.) Mart. |
Ingá-pau |
Secundária tardia |
Árvore |
Baixa |
Inga ingoides (Rich.) Willd. |
Ingá |
Sem classificação |
Árvore |
Baixa |
Inga laurina (Sw.) Willd. |
Ingá-da-praia |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Inga sessilis (Vell.) Mart. |
Ingá-macaco |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Inga striata Benth. |
Ingá-branco |
Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Inga thibaudiana DC. |
Inga |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. |
Visgueiro |
Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke |
Jurema-branca |
Sem classificação |
Arbusto |
- |
Plathymenia foliolosa Benth. |
Vinhático |
Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Tachigali densiflora (Benth.) L.F. Gomes da Silva & H.C. Lima |
Ingá-de-porco |
Pioneira |
Árvore |
Alta |
Abarema cochliacarpos (Gomes) Barneby & J. W. Grimes |
Ingá-preto |
Secundária tardia |
Árvore |
Média |
Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. |
Cerejeira |
Sem classificação |
Árvore |
Média |
Andira fraxinifolia Benth. |
Angelim-coco |
Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Andira frondosa Mart. ex Benth. |
- |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Andira nitida Mart. ex Benth. |
Angelim-de-morcego |
Secundária inicial |
Arbusto/árvore |
- |
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. |
Garapa |
Secundária tardia |
Árvore |
Média |
Bowdichia virgilioides Kunth |
Macanaíba-pele-de-sapo |
Sem classificação |
Arbusto/árvore |
- |
Clitoria cajanifolia (C. Presl) Benth. |
- |
Sem classificação |
Arbusto/erva |
- |
Clitoria falcata Lam. |
Feijão-do-mato |
Sem classificação |
Erva/liana |
- |
Dioclea violacea Mart. ex Benth. |
Olho-de-boi |
Pioneira |
Liana |
- |
Erythrina velutina Willd. |
Mulungu |
Sem classificação |
Árvore |
Baixa |
Lonchocarpus obtusus Benth. |
- |
Sem classificação |
Arbusto/árvore |
- |
Pterocarpus rohrii Vahl |
Pau-sangue |
Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Malphygiaceae |
||||
Byrsonima sericea DC. |
Murici |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Heteropterys nordestina Amorim |
- |
Sem classificação |
Liana |
- |
Malvaceae |
||||
Apeiba tibourbou Aubl. |
Pau-de-jangada |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Guazuma ulmifolia Lam. |
Mutamba |
Pioneira |
Árvore |
Média |
Luehea paniculata Mart. & Zucc. |
Açoita-cavalo-amarela |
Sem classificação |
Arbusto |
- |
Melastomataceae |
||||
Miconia ciliata (Rich.) DC. |
Sabiá |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Miconia compressa Naudin |
- |
Secundária inicial |
Arbusto |
- |
Miconia holosericea (L.) DC. |
Manipueira |
Secundária Inicial |
Arbusto/árvore |
- |
Miconia hypoleuca (Benth.) Triana |
Cabelo-de-cutia |
Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Miconia minutiflora (Bonpl.) DC. |
Apaga-brasa |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Miconia prasina (Sw.) DC. |
Pau-cambito |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Miconia pyrifolia Naudin |
Tinteiro-branco |
Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Miconia tomentosa (Rich.) D. Don |
Orelha-de-morcego |
Sem classificação |
Arbusto/árvore |
- |
Moraceae |
||||
Brosimum discolor Schott |
Conduru |
Secundária inicial |
Árvore |
Baixa |
Brosimum gaudichaudii Trécul |
Mamica-de-cadela |
Secundária inicial |
Arbusto/árvore |
- |
Brosimum guianense (Aubl.) Huber ex Ducke |
Quiri-de-leite |
Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Brosimum rubescens Taub. |
Pau-rainha |
Secundária inicial |
Árvore |
Alta |
Myrtaceae |
||||
Campomanesia dichotoma (O Berg.) Mattos |
Goiabinha |
Sem classificação |
Árvore |
Baixa |
Passifloraceae |
||||
Passiflora cincinnata Mast. |
Maracujá-do-mato |
Pioneira |
Liana |
- |
Passiflora contracta Vitta |
Maracujá |
Pioneira |
Liana |
- |
Passiflora edmundoi Sacco |
Maracujá |
Pioneira |
Subarbusto |
- |
Passiflora foetida L. |
Maracujá-de-cheiro |
Pioneira |
Liana |
- |
Passiflora galbana Mast. |
Maracujá |
Pioneira |
Liana |
- |
Passiflora misera Kunth |
Maracujá-de-cobra |
Pioneira |
Liana |
- |
Piperaceae |
||||
Piper aduncum L. |
Pimenta-de-macaco |
Pioneira |
Subarbusto |
- |
Piper arboreum Aubl. |
Beco pardo |
Pioneira |
Subarbusto |
- |
Piper marginatum Jacq. |
Pimenta-darda |
Pioneira |
Subarbusto |
- |
Plumbaginaceae |
||||
Plumbago scandens L. |
Nuvem |
Secundária inicial |
Erva/liana |
- |
Poaceae |
||||
Echinolaena inflexa (Poir.) Chase |
Capim-flechinha |
Pioneira |
Erva |
- |
Polygalaceae |
||||
Securidaca diversifolia (L.) S.F. Blake |
- |
Sem classificação |
Liana |
- |
Polygonaceae |
||||
Coccoloba latifolia Lam. |
Coaçu |
Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Coccoloba lucidula Benth. |
- |
Secundária inicial |
Arbusto/liana |
- |
Coccoloba ochreolata Wedd. |
- |
Secundária inicial |
Arbusto/liana |
- |
Proteaceae |
||||
Roupala montana Aubl. |
Carvalho-brasileiro |
Secundária inicial |
Arbusto/árvore |
- |
Rhamnaceae |
||||
Gouania virgata Reissek |
- |
Sem classificação |
Liana |
- |
Rhizophoraceae |
||||
Rhizophora mangle L. |
Mangue-vermelho |
Sem classificação |
Árvore |
Baixa |
Rubiaceae |
||||
Alibertia edulis (Rich.) A. Rich. |
Marmelada-bola |
Pioneira |
Arbusto/árvore |
- |
Genipa americana L. |
Jenipapeira |
Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Palicourea crocea (Sw.) Roem. & Schult. |
Cafezinho |
Secundária inicial |
Arbusto |
- |
Psychotria barbiflora DC. |
Erva-de-rato |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Psychotria bracteocardia (DC.) Müll. Arg. |
Beijo-de-moça |
Pioneira |
Subarbusto |
- |
Psychotria capitata Ruiz & Pav. |
Cafezinho |
Pioneira |
Erva |
- |
Psychotria carthagenensis Jacq. |
Café-do-mato |
Pioneira |
Arbusto/árvore |
- |
Psychotria deflexa DC. |
Cravo-lindo |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Psychotria erecta (Aubl.) Standl. & Steyerm. |
- |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Psychotria platypoda DC. |
- |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Rutaceae |
||||
Hortia brasiliana Vand. ex DC. |
Paratudo |
Secundária tardia |
Arbusto/árvore |
- |
Sapindaceae |
||||
Allophylus edulis (A.St.-Hil.) Hier. ex Nied. |
Fruta-de-pombo |
Pioneira |
Árvore |
Alta |
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. |
Caboatã-de-rego |
Pioneira |
Árvore |
Baixa |
Cupania revoluta Radlk. |
Caboatã-de-leite |
Sem classificação |
Árvore |
Média |
Sapindus saponaria L. |
Bolebeira |
Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Sapotaceae |
||||
Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. |
Marmixa |
Clímax |
Árvore |
Média |
Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn. |
Cocão-de-leite |
Clímax |
Árvore |
Média |
Pouteria gardneri (A. DC.) Radlk. |
Sapotinha |
Clímax |
Árvore |
Média |
Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni |
Bapeba-curiola |
Clímax |
Árvore |
Média |
Pouteria peduncularis (Mart. & Eichler ex Miq.) Baehni |
Sapota-de-brinco |
Clímax |
Árvore |
Média |
Pouteria venosa (Mart.) Baehni |
Guapeva |
Clímax |
Arbusto/árvore |
- |
Simaroubaceae |
||||
Simaba ferruginea A.St.-Hil. |
Calunga |
Pioneira |
Árvore |
Média |
Simarouba amara Aubl. |
Praíba |
Secundária inicial |
Árvore |
Média |
Turneraceae |
||||
Turnera subulata Sm. |
Chanana |
Pioneira |
Arbusto |
- |
Vitaceae |
||||
Cissus erosa Rich. |
Cipó-vermelho |
Secundária tardia |
Liana |
- |
Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis |
Insulina |
Secundária tardia |
Liana |
- |
Entre as espécies catalogadas, 14 fazem parte da atual florística do Rio Capibaribe, são elas: Acrocomia intumescens Drude (macaibeira), Anacardium occidental L. (cajueiro), Avicennia schaueriana Stapf & Leechm. ex Moldenke (mangue-preto), Genipa Americana L. (jenipapeiro), Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (ipê-rosa), Inga capitata Desv. (ingá), Inga ingoides (Rich.) Willd. (ingá), Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn. (mangue-branco), Licania tomentosa (Benth.) Fritsch (oiti-da-praia), Pachira aquatica Aubl. (munguba), Rhizophora mangle L. (mangue-vermelho), Schinus terebinthifolia Raddi (aroeira), Spondias mombin L. (cajazeira) e Trema micrantha (L.) Blume (pau-pólvora).
Conforme a Red List of Threatened Species, da International Union for Conservation of Nature (IUCN, 2014), um total de 10 espécies estão em risco de extinção: Avicennia schaueriana Stapf & Leechm. ex Moldenke (mangue-preto), Euphorbia prostrata Aiton (quebra-pedra), Inga blanchetiana Benth. (ingá), Lecythis lanceolata Poir. (sapucainha), Miconia tomentosa (Rich.) D.Don (orelha-de-morcego), Paubrasilia echinata (Lam.) Gagnon, H.C.Lima & G.P. Lewis (pau-brasil), Plathymenia foliolosa Benth. (vinhático), Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni (bapeba-curiola), Pouteria peduncularis (Mart. & Eichler ex Miq.) Baehni (sapota-de-brinco) e Rhizophora mangle L. (mangue-vermelho). Entre estas, ressaltam-se o mangue-preto e o mangue-vermelho, presentes no Rio Capibaribe.
Assim, as 24 espécies citadas, devido às suas especificidades, devem ser priorizadas na análise e na introdução na fitofisionomia do Rio Capibaribe mediante o projeto paisagístico do Parque Capibaribe. Além de atender às diretrizes do Pura Capibaribe — que tem como ação prioritária a reconexão das pessoas com a Natureza —, a iniciativa visa salvaguardar tais espécies, favorecendo a regeneração natural, principalmente daquelas em risco de extinção local.
Ressalta-se que a adaptação às condições urbanas locais, inerentes à fitofisionomia das espécies nativas, constitui um ponto forte para sua utilização em projetos de paisagem (Almeida e Silva, 2024). Para além de tal adaptação, o uso de essências nativas em projetos paisagísticos garantirá a conformação de corredores ambientais — quando consorciadas com espécies que não pertencem ao domínio fitogeográfico — e corredores ecológicos, contribuindo para o fluxo gênico e, consequentemente, para o fortalecimento e/ou criação de nichos ecológicos. Isso garante a manutenção da fauna urbana e possibilita, conforme Lima e Silva (2025), a efetividade de serviços ecossistêmicos, tais como: (i) sequestro de carbono; (ii) conforto ambiental; (iii) controle da erosão do solo; (iv) manutenção de sistemas vivos; (v) regulação do fluxo da água e do ciclo hidrológico; (vi) experiência estética; (vii) identidade cultural; (viii) saúde e bem-estar e (ix) controle de poluentes nos aquíferos.
Conclusões
A construção da paleta vegetal do projeto paisagístico do Parque Capibaribe desponta como reflexo de uma compreensão ampliada da Natureza no ato de projetar. A complexa missão de conciliar os diferentes aspectos e diretrizes que orientam as decisões relativas à inserção da vegetação ressalta a importância de estudos e pesquisas destinados à compreensão da vegetação nativa de cada local. Essa compreensão é fundamental para a elaboração de projetos paisagísticos alinhados à função ecológica. Sabe-se, contudo, que o uso de espécies nativas enfrenta desafios, sobretudo devido à limitada disponibilidade para a aquisição em locais especializados, em um contexto em que ainda predomina a valorização da vegetação ornamental exótica.
A escassez de estudos sobre a aplicação da vegetação nativa em projetos paisagísticos constitui outro desafio. Essa lacuna acarreta implicações sociais, como a falta de identificação e representatividade dessas espécies pelas pessoas, sobretudo no meio urbano, vistas como “espontâneas” e desprezíveis —, além de impactos ecológicos relevantes, dado o papel crucial das espécies adaptadas ao local na biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas. Diante disso, o projeto do Parque Capibaribe atua na educação patrimonial e ambiental sobre a vegetação nativa da fitofisionomia do Recife, posicionando a Natureza como ponto fundamental para a concepção paisagística.
Assim, as dinâmicas entre o projeto paisagístico e a sua execução evidenciam a deficiência de conhecimento sobre a vegetação nativa, bem como sua disponibilidade no mercado. Em consequência, os critérios e as decisões podem ser enfraquecidos por adaptações forçadas às espécies acessíveis. Essa realidade demonstra como é fundamental a atuação do profissional paisagista — com formação base em arquitetura, urbanismo, agronomia, ciências florestais ou biologia — em todas as etapas do processo, especialmente no acompanhamento da execução, garantindo a coerência entre as diretrizes conceituais do projeto e sua materialização no território.
Referências bibliográficas
Almeida, D. L. e Silva, J. M. (2024). Espécies nativas da mata atlântica pernambucana com potencial paisagístico. Revista Brasileira de Meio Ambiente, 12(2), 123-135. https://doi.org/10.5281/zenodo.14606838
Andrade-Lima, D. (1950). Catálogo do herbário da Escola Superior de Agronomia de Tapera (Pernambuco). Bol. Secr. Agric., 17, (3/4), 241-319.
Andrade-Lima, D. (1951). Catálogo do herbário da Escola Superior de Agronomia de Tapera (Pernambuco). Bol. Secr. Agric., 18(3/4), 35-80.
Andrade-Lima, D. ([1957] 1960). Estudos Fitogeográficos de Pernambuco. Arquivos do Instituto de Pesquisa Agronômica. Arquivos do Instituto de Pesquisas Agronômicas, 5(s/n), 305-342.
Añón-Feliú, C. (1994). Del jardín histórico y su rehabilitación. Nueva Revista, 40, 116-124.
Berjman, S. (2001). El paisaje y el patrimonio. Em ICOMOS (Ed.), Los jardines históricos: aproximación multidisciplinaria (p. 1-10). ICOMOS. https://www.icomos.org/public/publications/jardines_historicos_buenos_aires_2001/conferencia1.pdf
Fernandes, A. (2007). Fitogeografia brasileira: fundamentos fitogeográficos. Edições UFC.
Gandolfi, S., Leitão Filho, S. A. e Bezerra, C. F. F. (1995). Levantamento florística e caráter sucessional das espécies arbustivo-arbórea de uma mesófila semidecídua, no município de Guarulhos-SP. Revista Brasileira de Biologia, 4(55), 753-767.
Houghton, D. (1984). Tress and erosion control. Queensland Agricultural Journal, 110(1), 9-12.
International Union for Conservation of Nature [IUCN] (2014). IUCN: Redlist of Threatened Species.
Lima, M. e Silva, J. M. Comparação dos planos municipais de arborização e sua capacidade de viabilizar serviços ecossistêmicos em cinco capitais brasileiras. Interações (Campo Grande), 26, e26054707. https://doi.org/10.20435/inter.v26i1.4707.
Lorenzi, H. (2009). Árvores brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Instituto Plantarum.
Lorenzi, H. (2010). Árvores brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Instituto Plantarum.
Lyle, J. T. (1994). Regenerative design for sustainable development. John Wiley & Sons.
Martins, S. V. e Rodrigues, R. R. (2002). Gap-phase regeneration in a semideciduous mesophytic forest, Southeastern Brazil. Plant Ecology (163), 51-62.
Marx, B. (1935). A vida na cidade: a reforma dos jardins publicos do Recife. Diario da Tarde.
Monteith, J. L. e Unsworth, M. H. (1990). Principles of environmental physics. Edward Arnold.
Pesquisa e Inovação para as Cidades-Universidade Federal de Pernambuco (2020). Plano Urbanístico de Recuperação Ambiental do Rio Capibaribe. Prefeitura da Cidade do Recife.
Pickel, B. J. (1942). O coqueiro da Bahia, sua cultura no século 17, segundo as descrições de Piso e Marcgrav. Piracicaba: Revista de Agricultura, 17(1-2), 63-72.
Pickel, B. J. (1949). Notas botânicas à “Medicina Brasiliense” de Piso. Boletim da Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio, 16 (3-4), 181-202.
Prefeitura do Recife (2014, 9 de maio). Lei nº 18.014, de 9 de maio de 2014: Institui o Sistema Municipal de Unidades Protegidas (SMUP) e dá outras providências. Diário Oficial do Município do Recife. https://leismunicipais.com.br/a1/pe/r/recife/lei-ordinaria/2014/1802/18014/
Prefeitura do Recife (2020). ArcGIS Web Application — Pernambuco [Aplicativo web]. https://esigportal2.recife.pe.gov.br/portal/apps/webappviewer/index.html?id=5a302a34540f412fbc7ae57bcc5b0a04
Queiroz, W. T. de, Silva, M. L., Jardim, F. C. S., Vale, R., Valente, M. D. R. e Pinheiro, J. (2017). Índice de Valor de Importância de espécies arbóreas da Floresta Nacional do Tapajós via análises de componentes principais e de fatores. Ciência Florestal, 1(27), 47-59. https://doi.org/10.5902/1980509826446.
Roger, A. (2007). Breve tratado del paisaje. (Colección Paisaje y Teoría). Biblioteca Nueva.
Silva, J. M., Meneses, A. R. S. de e Mota, M. C. (2021). Entender a natureza para projetar: a Paleta Vegetal do Projeto Paisagístico do Parque Capibaribe. Revista Brasileira de Geografia Física, 14(1), 281-295. https://doi.org/10.26848/rbgf.v14.1.p281-297.
Silva, J. M. (2017). Integridade visual nos monumentos vivos: os jardins históricos de Roberto Burle Marx. (Tese de doutorado). Universidade Federal de Pernambuco. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29428
Veras, L. M. S. C. (2018). Sob um parque, pulsa um rio: caminhos da memória de um Projeto de Paisagem para o Capibaribe. Patrimônio e Memória, 1(14), 69-88.
* Este artigo trata-se do resultado técnico da construção da paleta vegetal que compõe o projeto paisagístico do Parque Capibaribe. Foi financiado pela Prefeitura do Recife sob responsabilidade do grupo de Pesquisa e Inovação para as Cidades (INCITI). Atualmente, está sendo atualizado a fim de apoiar o projeto Plano de Qualidade da Paisagem do Recife, também financiado pela Prefeitura do Recife, que contempla as bacias hidrográficas dos Rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió.
** Joelmir Marques da Silva. Doutor em Desenvolvimento Urbano. Professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano, ambos da Universidade Federal de Pernambuco, Brasil. Membro do International committee on Cultural Landscapes (ICOMOS-IFLA). joelmir.marques@ufpe.br, https://orcid.org/0000-0002-8323-7171
1 A palavra “natureza” aqui utilizada virá sempre com a inicial maiúscula para diferir do significado dessa palavra na expressão “a natureza das coisas”. “Natureza” provém do vocábulo germânico “naturista”, que tem por significado o curso dos animais, caráter natural. Por sua vez, “Natura” é a tradução para o latim da palavra grega “physis”, que, em seu significado original, faz referência à forma inata em que crescem espontaneamente as plantas e os animais (Silva, 2017).
2 Também chamada de “geobotânica”, objetiva estudar, fundamentalmente, a integração dos componentes florísticos com a participação conjuntural do ambiente (Fernandes, 2007).
3 Regulamenta-se a Zona Especial de Proteção Ambiental 2 — Estuário do Rio Capibaribe, instituída pela Lei Municipal 16.176/1996 como Unidade de Conservação Municipal, declarada nesse ato UCN-Estuário do Rio Capibaribe, em conformidade com o SNUC.
4 Quanto maior for a área foliar, mais o vegetal capta energia solar e CO2, por meio dos estômatos, ambos necessários para o processo fotossintético e, consequentemente, para a liberação de O2 no ambiente, além de favorecer a evapotranspiração. Conforme Lyle (1994), por meio do processo de evapotranspiração — também chamado de “resfriamento evaporativo” —, a energia do sol é absorvida pela planta, resultando na perda de calor na atmosfera e na umidificação do ambiente.
5 “[...] definido como a soma aritmética dos valores relativos de abundância, dominância e frequência, tem sido muito utilizado para determinar a importância ecológica das espécies, através da hierarquização em termos do grau de ocupação de sua população dentro do espaço geométrico da floresta, o que é expresso pelo número (abundância), tamanho (dominância) e distribuição espacial (frequência) dos indivíduos da população. Quanto maiores os valores de abundância, frequência e dominância mais importância terá a espécie dentro do complexo florístico da área” (Queiroz et al., 2017, p. 49).