“Dulces amos”: la Orden de San Benito y el “buen trato” de los esclavos, Brasil, siglos xviii y xix
No. 81 (2021-07-01)Autor/a(es/as)
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Robson Pedrosa CostaInstituto Federal de Pernambuco/Universidade Federal de Pernambuco, Brazil
Resumen
Objetivo/Contexto: este artículo tiene como objetivo discutir la idea de “buen trato” dado a los esclavos, así como los conceptos de benevolencia y paternalismo en las propiedades rurales brasileñas, utilizando información sobre la Congregación Benedictina de Brasil, por ser la orden religiosa más rica e influyente en el país en el siglo xix. Metodología: la documentación se analizó a partir del concepto de antidisciplina acuñado por Michel de Certeau. En las fuentes sobresale una compleja y eficiente red de control impuesta sobre los esclavizados. Sin embargo, es necesario evaluar estos documentos (elaborados por los propios monjes) desde una perspectiva diferente, ya que la vida cotidiana de los esclavos estuvo marcada por apropiaciones, tácticas, estrategias y otras formas subrepticias desplegadas por los subordinados. Este concepto ayuda a repensar las maniobras señoriales de los benedictinos, que han llamado la atención de muchos autores. Originalidad: aunque la historiografía ya ha demostrado que no existía una esclavitud “suave”, varios autores han destacado el tratamiento “apacible” que se ponía en práctica en las propiedades benedictinas. En este contexto, este artículo analiza cómo y por qué una institución religiosa utilizó discursos y prácticas que tenían como objetivo mejorar las condiciones de vida de los esclavos en sus haciendas, y destaca el papel del paternalismo y los ideales cristianos en la construcción de un “modelo” eficiente y duradero de administración de esclavos, lo cual fue descrito por muchos como “benevolencia” y “buen trato”. Conclusiones: aunque los autores de los siglos xix y xx subrayaron y valoraron el buen trato recibido por los esclavos de los benedictinos, este estudio encontró que el trato “más dulce” era parte de su estrategia de administración de población esclavizada, que aseguraba un crecimiento vegetativo y la operatividad del trabajo, con la expectativa de producir esclavos obedientes, disciplinados y leales. De alguna manera, contribuyeron a perpetuar la imagen de una esclavitud “más suave” en las tierras brasileñas.
Referencias
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Archives
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