Antípoda. Revista de Antropología y Arqueología

Antipod. Rev. Antropol. Arqueol | eISSN 2011-4273 | ISSN 1900-5407

La Asociación Nacional de las Hinchadas de Brasil en el espacio público: retos de un movimiento colectivo

No. 30 (2018-01-01)
  • Rosana da Câmara Teixeira

Resumen

la creación de la Asociación Nacional de las Hinchadas (Associação Nacional das Torcidas Organizadas, Anatorg) en el 2014 constituye un marco en la historia del asociativismo de hinchas en Brasil. Se trata de una experiencia inédita que simboliza el esfuerzo de líderes de hinchadas para abstraer diferencias y rivalidades que han caracterizado su relación; con ello, se da inicio a una movilización colectiva comprometida en la lucha por derechos. En el artículo, me propongo situar este acontecimiento en el contexto de la realización de los megaeventos (Mundial de Fútbol 2014 y Olimpiadas 2016), marcado por iniciativas del poder público para prevenir la violencia y por una creciente criminalización del hinchar. Igualmente pretendo abordar los dispositivos simbólicos, discursivos e institucionales utilizados por la asociación nacional para dialogar con distintos actores sociales en el espacio público en búsqueda del reconocimiento social. Entre los retos vividos por la entidad en los tres años de existencia están las disputas internas y las resistencias a la coalición nacional por parte de miembros de hinchadas comprometidos en episodios de violencia que rechazan la idea de aliarse a grupos considerados enemigos. Por otra parte, la ocurrencia de enfrentamientos violentos reafirma la visión diseminada de que las agremiaciones son peligrosas y deben ser eliminadas del fútbol profesional. Sin embargo, los protagonistas de este movimiento colectivo nacional le apuestan al capital simbólico acumulado a lo largo del proceso para afirmarse como sujetos de derechos y resistir a las controversias derivadas de sus acciones y a la actual crisis brasileña. El análisis tiene como fundamentos metodológicos la observación participante, el acompañamiento y el registro etnográfico de las acciones de la Anatorg en el espacio público.

Palabras clave: políticas públicas, violencia, Anatorg, hinchadas, megaeventos deportivos

Referencias

Busset, Thomas. 2014. “La prise de parole des supporters d’un club en Suisse”. Em L’autre visage du supportérisme. Autorégulations, mobilisations collectives et mouvements sociaux, editado por ThomasBusset, RogerBessonet e ChristopheJaccoud, 91-105. Neuchâtel: Centre International d’Étude du Sport, Peter Lang.

Busset, Thomas, Roger Bessonet e Christophe Jaccoud (eds.). 2014. L’autre visage du supportérisme. Autorégulations, mobilisations collectives etmouvements sociaux. Centre International d’Étude Du Sport. Suisse: Peter Lang.

Caillé, Alan. 2002. “Dádiva e associação”. Em A dádiva entre os modernos: discussão sobre os fundamentos e as regras do social, editado por Paulo HenriqueMartins, 191-205. Petrópolis: Vozes.

Cefai, Daniel. 2015. “Arène publique: un concept pragmatiste de sphère publique (version française d’un article soumis à Sociological Theory)”. http://cadis.ehess.fr/docannexe/file/2378/cefai_arene_publique_concept_pragmatiste_cadis.pdf

Cefai, Daniel, Felipe Berocan Veiga e Fabio Reis Mota. 2011. “Introdução”. Em Arenas públicas: por uma etnografia da vida associativa, 9-63. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense.

Dunning, Erick, Patrick Murphy e John Williams. 1992. “A violência dos espectadores nos desafios de futebol: para uma explicação sociológica”. Em A Busca da Excitação, editado pelo NorbertElias e EricDunning, 355-388. Lisboa: Difusão Editorial Ltda.

Elias, Norbert. 1992. “Introdução”. Em A Busca da Excitação, editado pelo NorbertElias e EricDunning, 39-99. Lisboa: Difel.

Garriga Zucal, José. 2010. Nosotros nos peleamos: violencia e identidad de una hinchada de fútbol. Buenos Aires: Prometeu Libros.

Hollanda, Bernardo Buarque Borges de. 2009. O clube como vontade e representação: o jornalismo esportivo e a formação das torcidas organizadas de futebol no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: 7 Letras.

Hollanda, Bernardo Buarque Borges de e Heloisa Helena Baldy dos Reis (orgs.). 2014. Hooliganismo e Copa do Mundo de 2014. Rio de Janeiro: 7 Letras.

Hollanda, Bernardo Buarque de, Jimmy Medeiros e Rosana da Câmara Teixeira (orgs.). 2015. A voz da arquibancada: narrativas de lideranças da Federação de Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro (FTORJ). Rio de Janeiro: 7 Letras.

Hollanda, Bernardo Buarque de, Rosana da Câmara Teixeira. 2017. “Brazil’s organised football supporter clubs and the construction of their public arenas through FTORJ and ANATORG”. Em Football fans, rivalry and cooperation, editado por ChristianBrandt, FabianHertel e SeanHuddleston, 76-91. Nova York: Routledge.

Leite Lopes, José Sergio e BeatrizMaia Alasia de Heredia. 2014. “Introdução”. Em Movimentos sociais e esfera pública: o mundo da participação: burocracias, confrontos, aprendizados inesperados, 19-39. Rio de Janeiro: Colégio Brasileiro de Altos Estudos.

Lopes, Felipe Tavares Paes. 2014. “A dominação pela segurança: dimensões ideológicas do relatório da ‘Comissão Paz no Esporte’”, relatório de pesquisa, Pós-doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Brasil.

Lopes, Felipe Tavares Paes e Rosana da Câmara Teixeira. s.d. “Reflexões sobre o ‘Projeto Torcedor’ alemão: produzindo subsídios para o debate acerca da prevenção da violência no futebol brasileiro a partir de uma perspectiva sociopedagógica”, Documento não publicado.

Mauss, Marcel. 2003. Ensaio sobre a dádiva. São Paulo: Cosac Naify.

Martins, Paulo Henrique. 2005. “A sociologia de Marcel Mauss: dádiva, simbolismo e associação”. Revista Crítica de Ciências Sociais 73: 45-56.

Murad, Mauricio. 2013. “Práticas de violência e mortes de torcedores no futebol brasileiro”. Revista USP 99: 139-152.

Sahlins, Marshall. 1994. Ilhas de História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Reis, Heloísa Baldy dos. 2006. Futebol e violência. Campinas: Armazém do Ipê.

Teixeira, Rosana da Câmara. 2003. Os perigos da paixão: visitando jovens torcidas cariocas. São Paulo: Annablume.

Teixeira, Rosana da Câmara. 2016. “Aprendizajes y sociabilidades juveniles: la experiencia de las Torcidas Jóvenes cariocas”. DESidade 13. http://desidades.ufrj.br/es/featured_topic/aprendizajes-y-sociabilidades-juveniles-la-experiencia-de-las-torcidas%c2%b9-jovenes-cariocas/

Teixeira, Rosana da Câmara e BernardoBuarque de Hollanda. 2016. “Espetáculo futebolístico e associativismo torcedor no Brasil: desafios e perspectivas das entidades representativas de torcidas organizadas no futebol brasileiro contemporâneo”. Esporte e Sociedade 28: 1-26.

Teixeira, Rosana da Câmara e Fernando Segura Trejo. 2016. “Le supportérisme militant au Brésil: affrontements, revendications et négociations”. Em Aux Frontières du Football et du Politique. Supportérismes et engagement militant dans l’espace public, editado por ThomasBusset e WilliamsGasparini, 147-164. Neuchâtel: Peter Lang.

Toledo, Luiz Henrique de. 1996. Torcidas organizadas de futebol. Campinas: Autores Associados/Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais.

Van Velsen, Jaap. 1987. “Análise situacional e o método de estudo de caso detalhado”. Em Antropologia das sociedades contemporâneas, editado por BelaFeldman-Bianco, 345-372. São Paulo: Global.

Velho, Gilberto. 2001. “Biografia, trajetória e mediação”. Em Mediação, cultura e política, editado por GilbertoVelho e KarinaKuschnir, 13-28. Rio de Janeiro: Aeroplano.