Refugio en Brasil: un enfoque etnográfico
PDF (English)
HTML (English)

Palabras clave

Brasil
racismo
refugiados
São Paulo
temporalidad

Categorías

Cómo citar

Branco Pereira, A. (2021). Refugio en Brasil: un enfoque etnográfico. Antípoda. Revista De Antropología Y Arqueología, 1(43), 197–214. https://doi.org/10.7440/antipoda43.2021.09

Resumen

En los últimos años ha habido un crecimiento exponencial de la cantidad de refugiados que recibe Brasil, quienes en su mayoría se han establecido en São Paulo, una de las principales ciudades del país. Los datos aquí presentados fueron recopilados en una investigación etnográfica más amplia sobre servicios de salud mental para inmigrantes y refugiados, realizada entre 2017 y 2019 en dicha ciudad. El estudio, cuyo objetivo fue describir sus experiencias, presenta dos conclusiones principales. La primera plantea que, para entender mejor el contexto del refugio, necesitamos promover fracturas en el sentido monolítico de la categoría, abandonar la rigidez que prescribe su definición legal y, en su lugar, considerarla como una estructura dinámica y en constante movimiento. La segunda postula que debemos renunciar también a la idea de una configuración remisiva de la categoría de refugio y prestar especial atención al hecho de que el confinamiento de los refugiados en el pasado puede ofuscar una mejor comprensión de lo que tratan de comunicar. Aquí es donde radica la originalidad de lo que se presenta: los resultados de la investigación revelan que el refugio es una categoría relacional, producida no solo por las burocracias del Estado y de los organismos internacionales, sino también por sus propios sujetos. Los refugiados en Brasil se niegan a ser limitados por las categorías burocráticas y reformulan sus límites para que poder establecer nuevas divisiones internas y externas. Estas incluyen refúgio branco y refúgio negro, que también abarcan a los demás miembros excluidos de un modo u otro por la categoría burocrática de refugio.

https://doi.org/10.7440/antipoda43.2021.09
PDF (English)
HTML (English)

Citas

Almeida, Alexandra Cristina Gomes de. 2020. “Uma reflexão sobre a etnografia no contexto dos estudos do refúgio no Brasil.” In Etnografias do refúgio no Brasil, edited by Igor José deRenó Machado, 71-86. São Carlos: EdUFSCar.

Branco Pereira, Alexandre. 2020a. “Os usos e abusos políticos do refúgio.” Nexo Jornal, 15 February 2020. https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2020/Os-usos-e-abusos-políticos-do-refúgio

Branco Pereira, Alexandre. 2020b. Viajantes do tempo: imigrantes-refugiadas, saúde mental, cultura e racismo na cidade de São Paulo. Curitiba: Editora CRV. http://dx.doi.org/10.24824/978854444061.2

Branco Pereira, Alexandre. 2020c. “Viajantes do tempo. As coreografias ontológicas de modernos e pré- modernos no contexto migratório brasileiro.” In Etnografias do Refúgio no Brasil, edited by Igor José deRenó Machado, 49-70. São Carlos: EdUFSCar.

Branco Pereira, Alexandre. 2020d. “Aculturalidade e hiperculturalidade: entre saberes e crenças em um serviço de saúde mental para imigrantes e refugiadas.” R@U - Revista de @ntropologia da UFSCar 12 (1): 256-279.

Branco Pereira, Alexandre. 2018. “O refúgio do trauma. Notas etnográficas sobre trauma, racismo e temporalidades do sofrimento em um serviço de saúde mental para refugiados.” REMHU, Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana 26 (53): 79-97. http://dx.doi.org/10.1590/1980-85852503880005306

Brazil’s Justice Ministry. 2018. Refúgio em números, 3rd edition. https://www.justica.gov.br/seus-direitos/refugio/anexos/refasgio-em-nasmeros_1104.pdf

Benevides, Daysiane, AntônioPinto, CinthiaCavalcante, and MariaJorge. 2010. “Cuidados em saúde mental por meio de grupos terapêuticos de um hospital-dia: perspectiva dos trabalhadores da saúde.” Interface - Comunicação, Saúde, Educação 14 (32): 127-138. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832010000100011

Cabot, Heath. 2013. “The Social Aesthetics of Eligibility: NGO Aid and Indeterminancy in the Greek Asylum Process.” American Ethnologist 40 (3): 452-466. https://doi.org/10.1111/amet.12032

Cavalcanti, Leonardo, AntônioTadeu Oliveira, TâniaTonhati, and DéliaDutra. 2015. “A inserção dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro.” Relatório Anual 2015. Observatório das Migrações Internacionais; Ministério do Trabalho e Previdência Social / Conselho Nacional de Imigração e Coordenação Geral de Imigração. Brasília; Mexico City: OBMigra.

Fanon, Frantz. 2008. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EdUFBA.

Fanon, Frantz. 1968. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira.

Fassin, Didier and RichardRechtman. 2009. The Empire of Trauma: An Inquiry into the Condition of Victimhood. Princeton, N. J.: Princeton University Press.

Galina, Vivian Fadlo, Tatiane BarbosaBispo da Silva, MarceloHaydu, and DeniseMartin. 2017. “A saúde mental dos refugiados: um olhar sobre estudos qualitativos.” Interface - Comunicação, Saúde, Educação 21 (61): 297-308. https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0929

Haydu, Marcelo, Silvia ViodresInoue, CássioSilveira, and DeniseMartin. 2020. “Therapeutic Itineraries of Congolese Refugees in the City of São Paulo.” Global Public Health. 15 (6): 840-851. https://doi.org/10.1080/17441692.2020.1714071

Hochman, Adam. 2018. “Racialization: A Defense of the Concept.” Ethnic and Racial Studies 42 (8): 1245-1268. https://dx.doi.org/10.1080/01419870.2018.1527937

International Organization for Migration. 2019. Indicadores da Governança Migratória (MGI): a cidade de São Paulo. São Paulo: OIM.

Machado, Igor José de Renó. 2020. “Purity and Mixture in the Category of Refuge in Brazil.” Journal of Immigrant & Refugee Studies (Online). https://dx.doi.org/10.1080/15562948.2020.1747671

Malkki, Liisa H. 1996. “Speechless Emissaries: Refugees, Humanitarianism, and Dehistoricization.” Cultural Anthropology 11 (3): 377-404. https://doi.org/10.1525/can.1996.11.3.02a00050

Martin, Denise, AlejandroGoldberg, and CássioSilveira. 2018. “Imigração, refúgio e saúde: perspectivas de análise sociocultural.” Saúde e Sociedade 27 (1): 26-36. https://doi.org/10.1590/s0104-12902018170870

Mitchell, Sean T. 2017. “Whitening and Racial Ambiguity: Racialization and Ethnoracial Citizenship in Contemporary Brazil.” African and Black Diaspora: An International Journal 10 (2): 114-130. https://doi.org/10.1080/17528631.2016.1189693

Nascimento, Abdias do. 1978. O genocídio do negro brasileiro – processo de um racismo mascarado.São Paulo: Ed. Paz e Terra.

Omi, Michael and HowardWinnant. 2015. Racial Formation in the United States. New York: Routledge.

Seyferth, Giralda. 2008. Imigrantes, estrangeiros: a trajetória de uma categoria incômoda no campo político. Work presented at the 26th Brazilian Anthropology Reunion, Porto Seguro, Brazil.

Silva, Gustavo Junger, LeonardoCavalcanti, Antônio Tadeude Oliveira, and MaríliaMacedo. 2020. Refúgio em números, 5th edition. Observatório das Migrações Internacionais; Ministério da Justiça e Segurança Pública / Comitê Nacional para os Refugiados. Brasília; Mexico City: OBMigra.

Zelaya, Sílvia. 2018. “Imigrantes e refugiados na cidade: reconhecimento pelo sofrimento e construção de ‘vítimas’.” Plural, Revista de Ciências Sociais 25 (2): 90-111. https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2018.153620

Zelaya, Sílvia. 2016. “A mobilização de refugiados e suas linguagens. Notas etnográficas sobre um campo de interlocução em transformação.” Cadernos de Campo 25: 400-420. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v25i25p400-420