Entrelaçados ye’kuana: oralidade, mito, artesanato
No. 31 (2018-04-01)Autor(es)
-
Alessandra Caputo Jaffe
Resumo
Este artigo esboça um percorrido pelo artesanato da sociedade indígena ye’kuana da Amazônia venezuelana; em particular, foca-se na cestaria, seu significado mítico e sua importância atual como mediadora com o mundo crioulo ou ocidentalizado. Pretendemos demonstrar a capacidade que as tradições orais e suas linguagens visuais têm para permear seus mitos e conhecimentos ancestrais pelo tempo e por mudanças inesperadas, como foi o contato com o mundo de tradição europeia ou “ocidental”. Desse modo, contrastamos a valorização que tem, por um lado, o artesanato para o mundo do mercado crioulo ou ocidentalizado com os significados que esta tem para as culturas que a produzem. Com isso, esperamos verificar até que ponto as culturas orais são capazes de serem moldadas e adaptadas a novos tempos e exigências socioculturais, sem perder seus conhecimentos ancestrais.
Referências
Amodio, Emanuele. 1997. La artesanía indígena en Venezuela.Caracas: Dirección Nacional de Artesanías y Arte Popular, Consejo Nacional de la Cultura.
Amselle, Jean-Loup. 1999. Logiques métisses. Anthropologie de l’identité en Afrique et ailleurs.París: Payot.
Arroyo, Miguel, LourdesBlanco y ErikaWagner, (eds.). 1999. El arte prehispánico de Venezuela. Caracas: Fundación Galería de Arte Nacional.
Arvelo-Jiménez, Nelly. 2000. “Three Crises in the History of Ye’kuana Cultural Community”. Ethnohistory 47: 731-746.
Barandarián, Daniel de. 1979. “Introducción a la cosmovisión de los indios Ye’kuana-Makiritare”. Montalbán 9: 737-1004.
Caputo-JaffeAlessandra. 2014. “Continuidad y cambio en el arte indígena en Venezuela. Entre la estetización de lo sagrado y la desacralización del mundo indígena”, tesis de doctorado, Universitat Pompeu Fabra, España.
Civrieux, Marc de. 1992. Watunna. Mitología Makiritare.Caracas: Monte Ávila.
Danto, Arthur. 1989. Artifact and Art: African Art in Anthropology Collections.Nueva York: Center for African Arts.
Descola, Philippe. 2009. “L’Envers du visible: ontologie et iconologie”. Actes du colloque international: Histoire de l’art et anthropologie. París: Musée du Quai Branly.
Graburn, Nelson. 1976. Ethnic and Tourist Arts: Cultural Expressions from the Fourth World. Berkeley: University of California Press.
Guss, David. 1994. Tejer y cantar.Caracas: Monte Ávila.
Guss, David. 2007. “All Things Made”. En The Anthropology of Art. A Reader, editado por HowardMorphy y MorganPerkins, 374-386. Victoria: Blackwell.
Ingold, Tim. 2015. Líneas. Una breve historia.Barcelona: Gedisa.
Lévi-Strauss, Claude. 2005. Mitológicas I: Lo crudo y lo cocido.México: FCE.
Lévi-Strauss, Claude. 2006. El pensamiento salvaje.México: FCE.
Mosonyi, Esteban, MiguelAcostaSaignes, Raúl Domínguez, NellyArvelo, HenryCorradini, GloriaGuerrero, WalterCoppens, AlexanderLuzardo, SaúlRivas, ArcadioMontiel, RamónCasillo y SimeónGiménes. 1981. El caso Nuevas Tribus.Caracas: Editorial Ateneo de Caracas.
Pasztory, Esther. 2005. Thinking with Things: Toward a New Vision of Art.Austin: University of Texas Press.
Phillips, Ruth y ChristopherSteiner. 1999. Unpacking Culture: Art and Commodity in Colonial and Postcolonial Worlds.Berkeley: University of California Press.
Sennett, Richard. 2009. El artesano.Barcelona: Anagrama.
Severi, Carlo. 2009. “L’univers des arts de la mémoire. Anthropologie d’un artefact mental”. Annales HSS 2: 463-493.
Viveiros de Castro, Eduardo. 2002. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia.São Paulo: Cosac & Naify.
Wilbert, Johannes. 1972. Survivors of Eldorado. Four Indian Cultures of South America.Nueva York y Londres: Praeger Publishers.
Young, James O. 2008. Cultural Appropriation and the Arts.Oxford: Blackwell Publishing.