Ler Silva ao contrário: De sobremesa como romance tropical
No. 15 (2012-07-01)Autor(es)
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Felipe Martínez Pinzón
Resumo
A fantasia civilizatória de Fernández em De sobremesa, de José Asunción Silva, é um ponto de partida para se reler os discursos espaciais das elites escritos por geógrafos e etnógrafos colombianos. Como paródia, essa fantasia lança mão do arsenal metafórico usado pelas elites para codificar os trópicos colombianos. Assim, Silva desmascara seus contemporâneos intelectuais como viajantes cuja imaginação espacial era literária, profetiza as consequências de conceber os trópicos com a perspectiva das zonas temperadas e faz pouco da possibilidade de conceber a cultura nacional como um produto natural.