Monopólio de licores e proscrição de destilados ilegais na Colômbia
No. 19 (2014-05-01)Autor(es)
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Carlos Andrés Meza Ramírez
Resumo
As lógicas de expropriação na Colômbia remetem a estruturas e fenômenos não superados do legado colonial. Um deles é o efeito da concentração monopolista da renda da aguardente na proscrição de bebidas destiladas, incorporadas ao trabalho artesanal de sociedades rurais e étnicas. A renda de licores, base do poder produtivo fiscal departamental, permaneceu relativamente estável desde o final do século XVIII. Desde a visão institucional e burocrática, os produtos da renda de licores constituíram o motor do desenvolvimento local e regional. Assim, no início do século passado, a política monopolista estabeleceu lógicas de privilégios ao concentrar os direitos de produção e provisão dos licores a favor dessas frações territoriais que compõem o Estado-nação, como são os departamentos. A outra cara da evolução das fontes de renda departamentais são as memórias de perseguições, multas, perdas e prisões, em que quem testemunha relembra experiências vividas ou histórias contadas, para por em evidência a ideia de uma erradicação tributária.