Antípoda. Revista de Antropología y Arqueología

Antipod. Rev. Antropol. Arqueol | eISSN 2011-4273 | ISSN 1900-5407

Indivíduo, multidão e mudança social. Uma aproximação à teoria social de Gabriel Tarde

No. 24 (2016-01-01)
  • Sergio Tonkonoff

Resumo

A hipótese de leitura que orientou o presente trabalho é a que a obra de Gabriel Tarde oferece uma saída à alternativa individualismo-holismo ainda dominante nas ciências sociais, razão por que tende a conceituar o social como um terceiro termo que ultrapassa tanto os indivíduos quanto as sociedades. O social é, aqui, o campo plural e heterogêneo de interações nas quais se produzem, reproduzem, transformam e, eventualmente, diluem tanto os indivíduos quanto os grupos e os sistemas sociais. Apoiados nessa hipótese e reconstruindo a partir dela a sintaxe conceitual produzida por Tarde, buscamos esclarecer alguns elementos básicos da teoria do indivíduo esboçada em diversas passagens de sua obra. Além disso, procuramos dar conta de suas ideias a respeito das massas e dos públicos, e propusemos uma releitura de seu conceito de multidão. Por último, tentamos mostrar algumas das consequências ético-políticas que se derivam dessa hipótese e sintaxe.

Palavras-chave: mudança social, indivíduo, microssociologia, multidão, Gabriel Tarde

Referências

Alliez, Éric. 2004. “The Difference and Repetition of Gabriel Tarde”. Distinktion: Scandinavian Journal of Social Theory5 (2): 49-54.

Candea, Mattei, ed. 2010. The Social after Gabriel Tarde: Debates and Assessments.Nueva York: Routledge.

Deleuze, Gilles. 2009. Diferencia y repetición.Buenos Aires: Amorrortu.

Deleuze, Gilles y FelixGuattari. 2002. Mil mesetas. Capitalismo y esquizofrenia.Valencia: Pre-Textos.

Foucault, Michel. 1989. Vigilar y castigar. Nacimiento de la prisión.Buenos Aires: Siglo XXI.

Freud, Sigmund. 1987. Psicología de masas y análisis del yo. Madrid: Alianza.

Joseph, Isaac. 1984. “Gabriel Tarde: le monde comme féerie”. Critique 444-446: 548-565.

Latour, Bruno. 2002. “Gabriel Tarde and the End of the Social”. En The Social in Question. New Bearings in History and the Social Sciences. Editado por PatrickJoyce, 117-132. Londres and Nueva York: Routledge.

Le Bon, Gustave. 1895. La Psychologie des Foules.París: Alcan.

López, Daniel y TomásSánchez-Criado. 2006. “La recuperación de la figura de Gabriel Tarde: La ‘neomonadología’ como fundación alternativa del pensamiento psicosocial”. Revista de Historia de la Psicología27: 2-3.

Milet, Jean. 1973. “Introducción” a Écrits de psychologie sociale, escrito por Gabriel Tarde. Toulouse: Privat.

Moscovici, Serge. 1993. La era de las multitudes.México: Fondo de Cultura Económica.

Richet, Charles. 1875. “Du somnambulisme provoqué”. Journal de l’anatomie et de la physiologie normales et pathologiques de l’homme et des animaux11: 348-378.

Sighele, Scipio. 1891. La folla delinquente.Turín: Bocca.

Tarde, Gabriel. 1895a. LaLogique Sociale.París: Alcan.

Tarde, Gabriel. 1895b. “Criminalité et santé sociale”. Revue philosophique39: 148-162.

Tarde, Gabriel. 1897. LߣOpposition Universelle.París: Alcan.

Tarde, Gabriel. 1898. Les Lois Sociales.París: Alcan.

Tarde, Gabriel. 1902. Psychologie Economique.París: Alcan.

Tarde, Gabriel. 1962a [1890]. Las leyes de la imitación.Madrid: Jorro.

Tarde, Gabriel. 1962b [1890]. Filosofía penal.Madrid: Aguilar.

Tarde, Gabriel. 1999. Monadologie et Sociologie. París: Les Empechêurs de Penser en Rond.

Tarde, Gabriel. 2011. Creencias, deseos, sociedades.Buenos Aires: Cactus.

Toews, David. 2003. “The New Tarde: Sociology After the End of the Social”. Theory, Culture & Society20 (5): 81-98.

Tonkonoff, Sergio. 2013. “A New Social Physic. The Sociology of Gabriel Tarde and Its Legacy”. Current Sociology61 (5): 267-282.

Tonkonoff, Sergio. 2014. “Crime as Social Excess. Reconstructing Gabriel Tarde’s Criminal Sociology”. History of the Human Sciences27 (2): 60-74.