O vitalismo das margens
No. 39 (2020-04-01)Autor(es)
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Paulina FabaUniversidad Alberto Hurtado, Chile
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Ángel AedoPontificia Universidad Católica de Chile
Resumo
Por meio das instalações feitas de combinações de resíduos urbanos e industriais recuperados, o artista mexicano, de origem purépecha, Abraham Cruzvillegas desenvolve uma obra que pensa as experiências sociais de criação, transformação e subversão, a partir dos limites da cidade e mais além do controle do Estado. Mediante a análise visual de um conjunto de obras desse artista, este ensaio pretende aprofundar no papel das esculturas e das instalações como dispositivos teóricos e críticos de formas de vida que, com engenho e esforço, persistem em ambientes urbanos superpopulosos e segregados. Este ensaio conclui que os objetos e as instalações de Cruzvillegas contribuem para a antropologia urbana num registro crítico, já que, ao mesmo tempo que denunciam as condições de miséria e desigualdade, trabalham num duplo sentido: i) como experiências condensadas, pelas quais se desenvolve uma reflexividade sobre as formas produzidas pelas atividades humanas; ii) como imagens, cujas materialidades e arquiteturas revelam o paradoxo jogo que, entre precariedade e criatividade, as formas de vida nas margens urbanas desenvolvem.
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