A pesquisa-criação a partir da antropologia
No. 47 (2022-04-01)Autor(es)
-
Felipe Palma IrarrázavalPontificia Universidad Católica de Chile
Resumo
Este artigo tem o objetivo de questionar o conceito de pesquisacriação e sua aplicabilidade na antropologia, orientando-a à criação de artefatos plástico-sensoriais como geração válida de conhecimento. Para isso, é apresentada, em primeiro lugar, uma revisão bibliográfica que pretende contribuir para articular um campo de experimentação metodológica dentro da antropologia, na qual são destacados seu caráter interdisciplinar e o diálogo com outros saberes provenientes da sociologia, do desenho e das artes da nova midia. Em segundo lugar, é apresentado e discutido criticamente o conceito de pesquisa-criação, indicando sua pertinência para realizar pesquisas cujos resultados vão mais além do textual, ao mesmo tempo que são produzidos conhecimentos que são vinculados a artefatos plástico-sensoriais. São propostas, por sua vez, três dimensões interconectadas para compreender um processo de pesquisa-criação a partir da antropologia: uma metodológica, referida à criação de registros ou dados durante o trabalho de campo; uma curatorial, com a qual se aponta às combinações possíveis do material coletado; e uma terceira dimensão, focada na circulação e agência dos resultados dessas pesquisas-criações. Para finalizar, neste artigo, é descrito e questionado um caso de estudo etnográfico com familiares de pessoas privadas de liberdade no Chile, um processo de pesquisa-criação colaborativo que teve como resultado uma instalação sonora.
Referências
Aedo, Ángel y PaulinaFaba. 2022. “Rethinking Prevention as a Reactive Force to Contain Dangerous Classes”. Anthropological Theory (en línea). https://doi.org/10.1177/14634996211069757
Andrade, Xavier y TarekElhaik. 2018. “Antropología de la imagen: una introducción”. Antípoda. Revista de Antropología y Arqueología 33: 3-11. https://doi.org/10.7440/antipoda33.2018.01
Beltrán-Luengas, Elsa María y AlejandroVillaneda Vásquez. 2020. “La investigacióncreación como producción de nuevo conocimiento: perspectivas, debates y definiciones”. Index. Revista de Arte Contemporáneo 10: 247-267. https://doi.org/10.26807/cav.vi10.339
Callon, Michel. 1999. “Algunos elementos de una sociología de traducción: domesticación de los callos de hacha y los pescadores de la Bahía San Brieuc”. En Poder, acción y creencia: una nueva sociología de conocimiento, editado por JohnLaw, 196-233. Londres: Routledge.
Carreño, Claudia. 2014. “Parque Cultural de Valparaíso, PCdV, y su operación de investidura de sentido”. Tesis de maestría, Facultad de Comunicaciones, Universidad Católica de Valparaíso, Chile.
Chapman, Owen B. y KimSawchuk. 2012. “Research-Creation: Interventions, Analysis and ‘Family Resemblances’”. Canadian Journal of Communication 37 (1): 5-26. https://doi.org/10.22230/cjc.2012v37n1a2489
Coccia, Emanuel. 2011. La vida sensible de las imágenes. Buenos Aires: Editoriales Marea.
Garfinkel, Harold. 1967. Studies in Ethnomethodology. Englewood Cliffs: Prentice-Hall.
Geertz, Clifford. 1989. El antropólogo como autor. Barcelona: Ediciones Paidós.
Guggenheim, Michael. 2015. “The Media of Sociology: Tight or Loose Translations?”. The British Journal of Sociology 66 (2): 345-372. https://doi.org/10.1111/1468-4446.12125
Haraway, Donna. 1991. “A Cyborg Manifesto: Science, Technology and Socialist-Feminist in the Late Twentieth Century”. En Simians. Cyborg and Women: The Reinvention of Nature, por DonnaHaraway, 149-181. Nueva York: Routledge.
Haseman, Brad. 2006. “Manifesto for Performative Research”. Media International Australia 118 (1): 98-106. https://doi.org/10.1177/1329878X0611800113
Howes, David. 2014. “El creciente campo de los estudios sensoriales”. Revista Latinoamericana de Estudios sobre Cuerpos, Emociones y Sociedad 6 (15): 10-26. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=273231878002
Ingold, Tim. 2013. Making Anthropology, Archaeology, Art and Architecture. Londres; Nueva York: Routledge.
Latour, Bruno. 1986. “Visualization and Cognition. Thinking with Eyes and Hands”. En Knowledge and Society: Studies in the Sociology of Cultures Past and Present, vol. 6, editado por ElizabethLong y HenrikaKuklik, 14-20. Greenwich: JAI Press.
Latour, Bruno y SteveWoolgard. 2013. Laboratory Life: The Construction of Scientific Facts. Princeton: Princeton University Press.
MacDougall, David. 2015. “Complicidades del estilo”. Traducido por Gloria Ana Diez. Cine Documental 12: 222-236. http://www.cinedocumental.com.ar/revista/pdf/12/12-trad.pdf
Macneill, Paul. 2014. “Ethics and the Arts: A Critical Review of the New Moralisms”. En Ethics and the Arts, editado por PaulMacneill, 167-177. Dordrecht: Springer.
Manning, Erin. 2019. “Proposiciones para la investigación-creación”. Corpo-Grafías: Estudios Críticos de y desde los Cuerpos 6 (6): 79-87. https://doi.org/10.14483/25909398.14229
Marres, Norja, MichaelGuggenheim y AlexWilkie, eds. 2018. Inventing the Social. Reino Unido: Mattering Press.
Pink, Sarah. 2006. The Future of Visual Anthropology. Reino Unido: Routledge.
Rosengarten, Marsha. 2018. “The Sociality of Infectious Diseases”. En Inventing the Social, editado por NorjaMarres, MichaelGuggenheim y AlexWilkie, 234-253. Reino Unido Mattering Press.
Rouch, Jean. 1962. “¿El cine del futuro?”. Domaine Cinéma 1: 155-161.
Ruby, Jay. 2007. “Los últimos 20 años de antropología visual – una revisión crítica”. Traducido por Francisca Pérez. Revista Chilena de Antropología Visual 9: 13-36. http://www.antropologiavisual.cl/sites/default/files/ruby_0.pdf
Sabido-Ramos, Olga. 2021. “El giro sensorial y sus múltiples registros. Niveles analíticos y estrategias metodológicas”. En Etnografías desde el reflejo: práctica-aprendizaje, editado por BetzabéMárquez y EmanuelRodríguez, 243-276. Ciudad de México: Editorial Universidad Autónoma de México.
Savransky, Martin. 2018. The Adventure of Relevance: An Ethics of Social Inquiry. Londres: Pallgrave Macmillan.
Schaeffer, Pierre. 1952. A la recherche d’une musique concrète. París: Seuil.