Os tempos do populismo. Devir de uma categoria polissêmica
No. 82 (2014-09-01)Autor(es)
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Julián MeloUniversidad Nacional de San Martín (Argentina)
Resumo
Nossa pretensão neste texto é, em primeiro lugar, resgatar elementos que têm construído a imagem do populismo como categoria polissêmica. Nesse sentido, um dos fundamentos dessa reconstrução é a compreensão dos modos nos quais essa palavra tem funcionado como sinônimo de outros conceitos, como por exemplo, o cesarismo ou o bonapartismo. Ao mesmo tempo, o populismo vem ganhando certa consideração não pejorativa, principalmente nos textos de Ernesto Laclau, conseguindo sinônimos não desqualificatórios como emancipação ou expansão da cidadania. Em segundo lugar, e longe de entrar numa discussão sobre a validade da condenação ou a exculpação do populismo, tentaremos fundamentar o que é justamente essa polissemia, e as cargas valorativas que a acompanham, as que têm permitido a sobrevivência do populismo como categoria teórica e descritiva das entidades políticas latino-americanas desde meados do século XX.
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