Críticas al modelo jerarquizado de cultura: por un proyecto de democracia cultural para las políticas culturales públicas
No. 53 (2015-07-01)Autor/a(es/as)
-
Marcelo de Souza Marques
Resumen
O presente artigo tem por objetivo apresentar uma leitura crítica ao Modelo Hierarquizado de Cultura (MHC), o qual, a partir de noções a-históricas de cultura, e enraizado num processo de distinção essencialista e elitista do juízo de gosto, subdivide e hierarquiza a cultura em Cultura Erudita, Cultura de Massas e Cultura Popular. Ao destacar a pluralidade cultural e os processos de interação cultural inerentes às sociedades contemporâneas, o artigo buscará reflexões teóricas que sugerem políticas culturais públicas a partir de um projeto de Democracia Cultural, tendo como objetivo a radicalização democrática. As considerações finais destacam que um projeto de Democracia Cultural para as políticas culturais públicas deve considerar o contexto de interação cultural, os diferentes públicos envolvidos, as relações de poder que se fazem presentes na própria ideia de políticas culturais públicas e buscar a maximização da participação pública nos espaços de decisão política.
Referencias
Becker, Howard Saul.2010. Mundos da arte. Lisboa: Livros Horizontes.
Botelho, Isaura.2001. Dimensões da cultura e políticas culturais. São Paulo em Perspectiva 15, n° 2: 73-83. <http://dx.doi.org/10.1590/S0102-88392001000200011>.
Botelho, Isaura.2007. Políticas culturais: discutindo pressupostos. Em Teorias e políticas da cultura: visões multidisciplinares, ed. Gisele MarchioriNussbaumer. Salvador: Edufba, 171-180.
Bourdieu, Pierre.1992. Les règles de l’art. París: Le Seuil.
Bourdieu, Pierre.2003a. Mas quem criou os “criadores”? Em Questões de sociologia. Lisboa: Fim de Século, 217-231.
Bourdieu, Pierre.2003b. Algumas propriedades do campo. Em Questões de sociologia. Lisboa: Fim de Século,119-126.
Bourdieu, Pierre.2010. A Distinção. Uma crítica social da faculdade do Juízo. Coimbra: Edições 70.
Canclini, Néstor García.2000. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernindade. São Paulo: EDUSP.
Canclini, Néstor García.2010. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.
Chauí, Marilena.2006. Cidadania cultural: direito à cultura. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo.
Chauí, Marilena.2008. Cultura e democracia. Crítica y emancipación: Revista latino-americana de Ciencias Sociales1, n° 1. <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/secret/CyE/cye3S2a.pdf>.
Coelho, Teixeira.1997. Dicionário crítico de política cultural: cultura e imaginário. São Paulo: Iluminuras.
Costa, Antonio Firmino.1997. Políticas culturais: conceitos e perspectivas. OBS-pesquisas, Observatório das Atividades Culturais2: 10-14.
Crespi, Franco.1997. Manual de sociologia da cultura. Lisboa: Editorial Estampa.
Darnton, Robert.1986. O grande massacre de gatos e outros episódios da história francesa. Rio de Janeiro: Graal.
Guy, Debord.1997. A sociedade do espetáculo: comentários sobre a sociedade do espetáculo. <http://www.cisc.org.br/portal/biblioteca/socespetaculo.pdf>.
Fernandes, António Teixeira.1999. Para uma sociologia da cultura. Porto: Campo das Letras.
Giacaglia, Mirta.2008. Universalismo e particularismo: emancipação e democracia na teoria do discurso. Em Pós-estruturalismo e teoria do discurso: em torno de Ernesto Laclau, eds. Daniel de Mendonça e Léo Peixoto Rodrigues. Porto Alegre: Edipucrs, 71-87.
Ginzburg, Carlo.2006. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia Das Letras.
Hall, Stuart.2011. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A.
Hannerz, Ulf.1997. Fluxos, fronteiras híbridos: palavras-chave da antropologia transnacional. Mana 3, n° 1: 7-39. <http://dx.doi.org/10.1590/S0104-93131997000100001>.
Lacerda, Alice Pires.2010. Democratização da cultura X democracia cultural: os pontos de cultura enquanto política cultural de formação de público. Em Anais do seminário internacional. Políticas culturai s: teoria e práxis. Bahia: Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) <http://culturadigital.br/politicaculturalcasaderuibarbosa/2010/09/23/comunicacoes-individuais-artigos-em-pdf/>.
Laclau, Ernesto.2013. A razão populista. São Paulo: Três Estrelas.
Lequin, Yves.1982. As hierarquias da riqueza e do poder. Em História econômica e social do mundo: inércias e revoluções, vol. IV, ed. PierreLéon. Lisboa: Sá da Costa, 305-326.
Lopes, João Teixeira.2007. Da democratização à democracia cultural. Porto: Profedições.
Marques, Marques de Souza e Viniciusde Aguiar Caloti. 2013. As paneleiras de goiabeiras e a dinâmica da cultura do Barro. Sociologia. Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto XXVI: 163-185.
Martin-Barbero, Jesús. 2009. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro. Editora UFRJ.
Mouffe, Chantal.1996. O regresso do político. Lisboa: Gradiva.
Mouffe, Chantal.2012. La paradoja democrática: el peligro del consenso en la política contemporânea. Barcelona: Gedisa.
Rancière, Jacques.2009. A associação entre arte e política segundo o filósofo Jacques Rancière. Entrevista cedida à Gabriela Longman e a Diego Viana. Revista CULT. <http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/entrevista-jacques-ranciere/>.
Rancière, Jacques.2012. O espectador emancipado. São Paulo: Martins Fontes.
Rodrigues, Marta Maria Assumpção. 2010. Políticas públicas. São Paulo: Publifolha.
Santos, Maria de Lourdes Lima dos. 1988. Questionamento à volta de três noções (a grande cultura, a cultura popular, a cultura de massas). Análise Social XXIV, n° 101/102: 689-702 <http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos /1223031340N1g DW0zb2Gm99PA2.pdf>.
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.