Filosofia da natureza, ecosofia e ecoteologia no pensamento de Muhammad Iqbal
No. 6 (22-08-2023)Autor(es)
-
Antonio de Diego GonzálezUniversidad de Sevilla (España)ORCID iD: https://orcid.org/0000-0002-9403-6340
Resumo
Considerado o filósofo muçulmano mais influente do século 20, Muhammad Iqbal (1873-1938) é o fiador de uma impressionante produção filosófica e poética, a partir da qual se engajou em um profundo diálogo com o mundo contemporâneo e seus problemas. Em sua crítica à desumanização e ao esquecimento do divino por parte do mundo moderno, a natureza desempenha um papel preeminente. No Alcorão e na Suna, a natureza era vista como uma manifestação dos sinais e símbolos de Alá, tanto que o profeta Muhammad disse: “que toda a terra seja uma mesquita”, referindo-se à sacralidade desta. A partir desse conceito, e em vários pontos de sua obra, Iqbal ressitua o papel da natureza e a devolve a um plano de preeminência física e metafísica para o crente. A natureza não é apenas materialidade e finitude, mas também um reflexo dos atributos divinos. Ela também tem uma função no desenvolvimento antropológico da pessoa e serve como um espaço de lembrança (tadhkira) e de ‘ibāda (adoração), mais além de sua aparência material. Uma oportunidade de re-conhecer (ma‘rifa) a realidade (ḥaqīqa), de avançar na existência e de viver no absoluto. O objetivo deste artigo é, com base na análise de fontes primárias, explorar o papel da natureza e a possibilidade de identificar as contribuições de Muhammad Iqbal para a ecosofia — no sentido panikkariano do termo — e para a ecoteologia.
Referências
Bukhari, I. (1997). Sahih Bukhari. Ed. en árabe de M. Muhsin Khan. https://sunnah.com/bukhari
Corán (Antonio de Diego, trad. propia inédita). (1924). El Cairo, lectura de Ḥafṣ.
De Diego González, A. (2022). ¿La razón o el corazón? Un comentario filosófico al poema ‘aql-u-dil de Muhammad Iqbâl. Sadra. Revista de Filosofía Islámica, 4, 8-20.
De Diego González, A. (2023). The challenge of Muhammad Iqbal’s philosophy of khudi to Ibn ‘Arabi’s metaphysical anthropology. Religions, 14(5), 683. https://doi.org/10.3390/rel14050683
Faber, R. (2008). Ecotheology, ecoprocess, and “ecotheosis”: A theopoetical intervention. Salzburger Theologische Zeitschrift, 12(1), 75-115.
Guénon, R. (2023a). Obras completas: vol. II. La crisis del mundo moderno. Ed. Javier Alvarado. Sanz y Torres.
Guénon, R. (2023b). Obras completas: vol. IV. El reino de la cantidad y los signos de los tiempos. Ed. Javier Alvarado. Sanz y Torres.
Iqbal, M. (1923). Asrār-o-Ramūz. Karimi Press.
Iqbal, M. (1924). Bāng-i Drā. Karimi Press.
Iqbal, M. (1932). Javīd Nāma. Karimi Press.
Iqbal, M. (1935). Bāl-i Jibril. Taj Company.
Iqbal, M. (1936). Ḍarb-i Kalim. Kutab Khana Talu-e Islam.
Iqbal, M. (2002). Iqbal collected poetry. Iqbal Academy Pakistan.
Iqbal, M. (2006). Stray reflections: The private notebook of Muhammad Iqbal. Iqbal Academy of Pakistan.
Jenkins, W., Evelyn Tucker, M. y Grim, J. (eds.). (2017). Routledge handbook of religion and ecology. Routledge. https://doi.org/10.4324/9781315764788
Khalid, F. M. (2002). Islam and the environment. En T. Munn (ed.), Encyclopedia of global environmental change (pp. 1-8). John Wiley & Sons.
Kripal, J. (2022). El vuelco. Epifanías de la mente y el futuro del conocimiento. Atalanta.
Lane, E. W. (1984). Arabic-English lexicon (vol. 7). Islamic Texts Society.
Nasr, S. H. (1996). Religion & the order of nature. Oxford University Press.
Panikkar, R. (1999). El espíritu de la política. Homo politicus. Península.
Panikkar, R. (2022). Ecosofía. La sabiduría de la tierra. Ed. Jordi Pigem. Fragmenta.
Pérez Prieto, V. (2023). Hacia una ecoteología. Fragmenta.
Pigem, J. (2022). Tècnica i totalitarisme. Digitalització, deshumanització i els anells del poder global. Fragmenta.
Saldi, L., Mafferra, L. y Barrientos Salinas, J. A. (2019). Ontologías en disputa. Diálogos entre la antropología y la arqueología para la problematización de paisajes regionales. Antípoda. Revista de Antropología y Arqueología, 1(37), 3-26. https://doi.org/10.7440/antipoda37.2019.01
Licença
Copyright (c) 2023 Antonio de Diego González

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.