Los caminos de la democracia brasileña: lecciones desde las perspectivas de la poliarquía de Robert Dahl y la democracia dialógica de Anthony Giddens
No. 81 (2022-07-01)Autor/a(es/as)
-
Cristhian Rêgo PassosUniversidade Federal do Piauí, Brasil.
-
Karine Késsia de Sousa Félix MendesUniversidade Federal do Piauí, Brasil.
-
Jairo de Carvalho GuimarãesUniversidade Federal do Piauí, Brasil.
Resumen
El artículo describe la historia democrática brasileña a partir de la Proclamación de la República en 1889 y analiza, desde las perspectivas teóricas de la poliarquía de Robert Dahl y la democracia dialógica de Anthony Giddens, las alteraciones causadas por la Enmienda Constitucional (EC) 97/2017 —que puso fin a las coaliciones partidarias en las elecciones para cargos accesibles por el sistema proporcional a partir del 2020— y por el Decreto 9759/2019 —que extinguió varios órganos colegiados como concejos, comités, comisiones, fórums, entre otras instancias en las que la sociedad civil tenía el derecho a participar dialógicamente en la elaboración, fiscalización y toma de decisiones, en programas y proyectos relacionados con una amplia gama de políticas públicas—. El propósito del estudio fue investigar si estas alteraciones limitaron o debilitaron los espacios de discusión crítica y político-deliberativa, en lo que respecta a los niveles de participación de la población en los espacios públicos democráticos —denominados de “ámbito público”—. En este aspecto, se formula la siguiente pregunta orientadora: ¿cuál es la importancia de los espacios favorables a la democracia dialógica como camino que lleva al desarrollo de la democracia (hacia una poliarquía) en Brasil? Para esto, se utilizó un enfoque metodológico de investigación teórico-cualitativa, es decir, cuando el investigador, por el criterio de intencionalidad, elige la bibliografía que mejor cumplirá con sus propósitos, con el fin de responder al problema del estudio. Se halló, como principal conclusión, que los dispositivos de la EC 97/2017 y del Decreto 9759/2019 debilitaron los espacios de discusión crítica y político-deliberativa de la democracia brasileña, en la medida en que el primero socavó el pluralismo político y el segundo limitó el diálogo entre sociedad y Estado, lo que distanció a Brasil de la poliarquía y de la democracia dialógica. En cuanto a la originalidad, el estudio desarrolla una posición crítico-reflexiva que explora la reconstrucción de los ideales democráticos brasileños, basada en los argumentos de los teóricos referenciados y en la normatividad que determinó el represamiento de los espacios democráticos de deliberación.
Referencias
Atos do Congresso Nacional. 2017. “Emenda Constitucional n.º 97, de 4 de outubro de 2017”. Diário Oficial da União 192 (Seção 1): 1. https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/19335869/do1-2017-10-05-emenda-constitucional-n-97-19335801
Atos do Poder Executivo. 2019. “Decreto n.º 9.759, de 11 de abril de 2019”. Diário Oficial da União 70-A (Seção Extra 1): 5. https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-9-759-de-11-de-abril-de-2019-71137335
Barroso, Luís Roberto. 2008. “Vinte anos da constituição de 1988: a reconstrução democrática do Brasil”. Revista de Informação Legislativa 45 (179): 25-37. http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/176538
Bersch, Katherine, SérgioPraça e Mathhew M.Taylor. 2017. “Bureaucratic Capacity and Political Autonomy within National States: Mapping the Archipelago of Excellence in Brazil”. Em States in the Developing World, editado por Miguel A.Centeno, AtulKohli e Deborah J.Yashar, 157-183. Nova York: Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9781316665657.007
Bobbio, Norberto. 2000. Liberalismo e democracia. Traduzido por Marco AurélioNogueira. São Paulo: Brasiliense.
Carvalho, José Murilo de. 2002. Cidadania no Brasil. O longo caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Cerqueira, Thales Tácito e CamilaCerqueira. 2012. Direito eleitoral esquematizado. 2ª ed. São Paulo: Saraiva.
Chauí, Marilena. 2003. Política em Espinosa. São Paulo: Companhia das Letras.
Cremonese, Dejalma. 2007. “A difícil construção da cidadania no Brasil”. Desenvolvimento em Questão 5 (9): 59-84. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2007.9.59-84
Dahl, Robert Alan. 1987. Poliarquia. Participação e oposição. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
De Souza Neves, Isabela Bichara. 2021. “Fragmentação partidária e a cláusula de desempenho da Emenda Constitucional n.o 97/2017: uma análise dos aspectos ideológicos dos estatutos partidários”. Revista Confluências 1 (23): 153-179. https://periodicos.uff.br/confluencias/article/view/42676
Deibert, Ronald J. 2020. Reset: Reclaiming the Internet for Civil Society. Toronto: House of Anansi Press.
Demier, Felipe. 2017. Depois do golpe: a dialética da democracia blindada no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X.
DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). 2020. “Menos partidos nas câmaras de vereadores”. diap.org.br, Notícias, 24 novembro. https://www.diap.org.br/index.php/noticias/noticias/90096-menos-partidosnas-camaras-de-vereadores
Fausto, Boris. 2006. História do Brasil. 12ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
Fernandes Neto, Raimundo Augusto e JânioPereira Cunha. 2019. “A nova cláusula de barreira e a sobrevivência das minorias”. Revista de Investigações Constitucionais 1 (6): 189-219. https://revistas.ufpr.br/rinc/article/view/58085
Flores, Elio Chaves e JoanaD’Arc de Souza Cavalcanti. 2006. “O fardo da legitimidade: a democracia para além dos parlamentos”. Prima Facie 5 (9). https://www.periodicos.ufpb.br/index.php/primafacie/article/view/7218
Giddens, Anthony. 1995. Além da direita e da esquerda. São Paulo: Universidade Estadual Paulista.
Gomes, José Jairo. 2016. Direito eleitoral. 12ª ed. São Paulo: Atlas.
Lenardão, Elsio. 2004. “Gênese do clientelismo na organização política brasileira”. Lutas Sociais (11/12): 109-122. https://doi.org/10.23925/ls.v0i11/12.18704
Levitsky, Steven e DanielZiblatt. 2018. Como as democracias morrem. Traduzido por RenatoAguiar. São Paulo: Zahar.
Loxton, James. 2021. “Authoritarian Vestiges in Democracies”. Journal of Democracy 2 (32): 145-158. https://doi.org/10.1353/jod.2021.0025
Marques Lobo, Valéria. 2002. “Pressupostos poliárquicos e democracia no Brasil: notas em torno das distorções do sistema político brasileiro”. Locus: Revista de História 8 (1). https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/20557
Miguel, Luis Felipe. 2005. “Teoria democrática atual: esboço de mapeamento”. BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais 59 (1): 5-42. https://www.anpocs.com/index.php/bib-pt/bib-59/569teoria-democratica-atual-esboco-de-mapeamento/file
Miguel, Luis Felipe. 2014. Democracia e representação: territórios em disputa. São Paulo: Editora Unesp.
Nunes, Edson. 2003. A gramática política do Brasil: clientelismo e insulamento burocrático. 3a ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
Prestes, Anita Leocardia. 2019. “Três regimes autoritários na história do Brasil Republicano: o Estado Novo (1937-1945), a Ditadura Militar (1964-1985) e o Regime Atual (a partir do golpe de 2016)”. Revista de História Comparada 13 (1): 108-129. https://revistas.ufrj.br/index.php/RevistaHistoriaComparada/article/view/27537
Ramalho, Pedro Ivo Sebba. 2009. “Insulamento burocrático, accountability e transparência: dez anos de regulação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária”. Revista do Serviço Público 60 (4): 337-364. https://doi.org/10.21874/rsp.v60i4
Rousseau, Jean-Jacques. 2004. Do contrato social. Traduzido por PietroNassetti. São Paulo: Editora Martin Claret.
Runciman, David. 2018. Como a democracia chega ao fim. São Paulo: Editora Todavia.
Schumpeter, Joseph Alois. 1983. Capitalismo, socialismo e democracia. Traduzido por SérgioGóes de Paula. Rio de Janeiro: Zahar.
Subchefia para Assuntos Jurídicos (Casa Civil, Presidência da República). 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Vasconcelos, Fábio. 2020. “Fim das coligações reduz número de partidos nas Câmaras em 73% das cidades”. Portal G1, 25 de novembro de 2020. https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2020/eleicao-em-numeros/noticia/2020/11/25/fim-das-coligacoes-reduz-numero-de-partidos-nas-camaras-em-73percent-das-cidades.ghtml
Viana, Lúcio Hanai Valeriano. 2011. “Insulamento burocrático e hegemonia burguesa na formação do estado nacional brasileiro”. Revista Pensamento & Realidade 26 (3): 141-153. https://revistas.pucsp.br/index.php/pensamentorealidade/article/view/8082
Weber, Max. 2003. A política como vocação. Traduzido por MaurícioTragtenberg. Brasília: Universidade de Brasília.
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.