Revista de Estudios Sociales

rev. estud. soc. | eISSN 1900-5180 | ISSN 0123-885X

Sexo e a revolução: a liberação lésbico-gay e a esquerda partidária no Brasil

No. 28 (2007-12-01)
  • Rafael De La Dehesa

Resumo

Este artigo emprega a teoria de campos para explicar por que os partidos de esquerda no Brasil começaram a levantar debates sobre a liberação homossexual no final da década de 1970 e início de 1980. O conceito de campo cultural permite apresentar uma análise tanto cultural como institucional para as mudanças nos debates da esquerda, revelando processos de impugnação com freqüência ignorados na literatura institucionalista sobre os partidos. Mudanças nas instituições eleitorais e a chegada de uma nova geração de quadros, particularmente do movimento estudantil, alteraram fundamentalmente o que e quem eram representáveis no campo. O surgimento de uma contracultura de jovens também expandiu o repertório discursivo disponível aos ativistas e aos seus aliados partidários, apoiados por debates marxistas no plano internacional. No final, esta conjuntura de forças permitiu aos militantes partidários impugnarem significados históricos vinculados ao corpo, à sexualidade, à política e à vida cotidiana.

Palavras-chave: homossexualidade, partidos políticos, esquerda, movimentos sociais, Brasil

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