Revista de Estudios Sociales

rev. estud. soc. | eISSN 1900-5180 | ISSN 0123-885X

Da gravura como estratégia. Mediações entre o original e a cópia

No. 30 (2008-08-01)
  • Patricia Zalamea

Resumo

Este artigo remonta-se às origens da gravura entendida como obra de arte, entre os séculos XV e XVII na Europa, com o objetivo de explorar as possibilidades eminentemente auto-reflexivas do meio, cujas particularidades de "reprodutibilidade" redimensionam a noção da arte no Ocidente. Compara, também, o fenômeno das replicas na gravura e na pintura a partir do novo entendimento renascentista da identidade artística e da assinatura como extensão da pessoa. O texto analisa a relação histórica entre original e cópia, sugerindo a maneira com que a gravura relativiza algumas noções atuais sobre a reprodução, a partir de conceitos como invenção e imitação, e a "mão" do artista. Para pôr essas idéias em jogo, propõe a interpretação de uma gravura específica, a Ninfa de Fontainebleau, e sua reprodução em contextos distintos. Atribuída a Pierre Milan e René Boyvin, essa imagen pode ser lida como uma declaração artística sobre a capacidade da gravura de recriar outros meios visuais, e de se estender tanto espacial como temporalmente

Palavras-chave: gravura, renascimento, identidade artística, imitação, copia, original

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