Perspectiva generativa na gestão de conflitos sociais
No. 36 (2010-08-01)Autor(es)
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Dora Fried Schnitman
Resumo
Em situações de conflito político-armados, a população civil termina afetada de maneiras muito dolorosas pelo impacto da violência, que também fragmenta o tecido social. Este artigo apresenta algumas aplicações do modelo generativo e suas metodologias para o enfrentamento da crise e conflitos que podem contribuir para que as pessoas recuperem seus recursos, significados e relações, reorientem suas vidas e restaurem sua integridade pessoal e social. Embora o artigo reconheça o impacto das situações traumáticas, entende que as vítimas da violência tiveram também a condição de pessoas capazes de sobreviver e se manter frente à adversidade – e, em muitos casos, enfrentá-la – apelando a seus recursos, sua capacidade para detectar e aceitar os encontros e colaborações disponíveis, para encontrar ou construir as condições e redes sociais que lhes permitiram reorientar suas vidas. Sugere-se que esta ênfase nos recursos e a construção conjunta de alternativas ofereça uma aproximação para estudar esses processos e possibilitar espaços de recuperação e convivência. Propõe-se que esta estratégia de sobrevivência – quando reconhecida como tal – pode se expandir, promovendo transformações de identidade e vínculos sociais para avançar mais além dos recursos com os que contam as pessoas rumo a sua transformação em cidadãos com direitos plenos, impactando não apenas suas condições de vida, mas também as agendas sociais e políticas.
Licença
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