Trabalho sujo e estigma: cuidadores da morte nos cemitérios
No. 63 (2018-01-01)Autor(es)
-
AnalÍa Soria BatistaUniversidade de Brasília
-
Wanderley CodoUniversidade de Brasília
Resumo
O artigo utiliza a categoria trabalho sujo na análise da identidade de sepultadores e motoristas paramentadores, bem como identifica técnicas e práticas de manipulação dos estigmas profissionais. Analisa o papel dos tipos de mácula na natureza da relação desses trabalhadores com o trabalho sujo e a influência de elementos contextuais. Esta pesquisa, que integra os métodos quantitativo e qualitativo, utiliza escalas do trabalho e entrevistas semiestruturadas. Conclui-se que a presença de mácula moral nos motoristas paramentadores influencia para a maior coesão do grupo, e que elementos como a classe e a raça estão na construção social desses trabalhos desprestigiados e operam na produção das identidades maculadas.
Referências
Ashforth, Blake, E., GlenKreiner, MarkKlark and MelFugate. 2007. “Normalizing Dirty Work: Managerial Tactics for Countering Occupational Taint.” Academy of Management Journal 50 (1): 149-174.
Ashforth, Blake, E. and GlenKreiner. 1999. “How Can You Go It’: Dirty Work and the Challenge of Constructing a Positive Identity.” Academy of Management Review 24 (3): 413-434. https://dx.doi.org/10.2307/259134
Ashforth, Blake, E. and GlenKreiner. 2013. “Profane or Profound? Finding Meaning in Dirty Work.” In Purpose and Meaning in the Workplace, edited by MichaelSteger, ZintaByrne and BryanJ. Dik, 127-150. Washington: American Psychological Association.
Ashforth, Blake, E. and GlenKreiner. 2014. “Dirty Work and Dirtier Work: Differences in Countering Physical, Social, and Moral Stigma.” Management and Organization Review 10 (1): 81-108. https://dx.doi.org/10.1111/more.12044
Câmara, Millena Claudia Coutinho. 2011. “O agente funerário e a morte. O cuidado presente diante da vida ausente.” Masters dissertation. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brazil.
Douglas, Mary. 2010. Pureza e Perigo.São Paulo: Perspectiva.
Farina, Anete Souza, AdaAntunes, JulianaEmy Yokomizo and LiviaCarolina Ariente. 2009. “A morte como trabalho, um estudo com agentes funerários da Grande São Paulo.” In Temas contemporâneos em Psicologia do Cotidiano, edited by AlexMoreira Carvalho and AneteSouza Farina, 35-58. São Paulo: Editora Expressão e Arte.
Forsyth, Craig, EddiePalmer and JessicaSimpson. 2006. “Funeral Director: Maintaining Business, Reputation and Performance.” Free Inquiry in Creative Sociology 34 (2): 123-132.
Goffman, Erving. 1959. The Presentation of Self in Every Day Life.New York: Anchor Books.
Goffman, Erving. 1963. Stigma: Notes on the Management of Spoiled Identity.Englewood Cliffs: Prentice Hall.
Hughes, Everett. 1962. “Good People and Dirty Work.” Social Problems 10 (1): 3-11. https://dx.doi.org/10.2307/799402
Kovács, Maria Julia, NancyVaiciunas, ElaineGomes Reis Alves. 2014. “Profissionais do Serviço Funerário e a Questão da Morte.” Psicologia: Ciência e Profissão 34 (4): 940-954. http://dx.doi.org/10.1590/1982-370001272013
Kreiner, Glen, E. BlakeAshforth and DavidSluss. 2006. “Identity Dynamics in Occupational Dirty Work: Integrating Social Identity and System Justication Perspectives.” Organization Science 17 (5): 619-636. https://doi.org/10.1287/orsc.1060.0208
Mc Caben, Darren and LindsayHamilton. 2015. “The Kill Programme: an Ethnographic Study of ’Dirtywork’ in a Slaughterhouse.” New Technology, Work and Employment 30 (2): 95-108. https://doi.org/10.1111/ntwe.12046
Ribas, Vanuzia and FrancivaldoAlmeida Gomes. 2012. “Trabalhadores da morte. Dilemas Éticos.” Mundo da Saúde 36 (1): 86-89.
Rodrigues, José Carlos. 2006. Tabu da Morte.Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Souza, Katia Cristina Caparroz de and MagaliRoseira Boemer. 1998. “O significado do trabalho em funerárias sob a perspectiva do trabalhador.” Saúde e Sociedade 7 (1): 27-52. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12901998000100003
Thompson, William, E.1983. “Hanging Tongues: A Sociological Encounter with the Assembly Line.” Qualitative Sociology 6 (3): 215-237.
Thompson, William E.1991. “Handling the Stigma of Handling the Dead: Morticians and Funeral Directors.” Deviant Behavior 12 (4): 403-429.
Ashforth, Blake, E., GlenKreiner, MarkKlark e MelFugate. 2007. “Normalizing Dirty Work: Managerial Tactics for Countering Occupational Taint”. Academy of Management Journal 50 (1): 149-174.
Ashforth, Blake, E. e GlenKreiner. 1999. “‘How Can You Go It?’: Dirty Work and the Challenge of Constructing a Positive Identity”. Academy of Management Review 24 (3): 413-434. https://dx.doi.org/10.2307/259134
Ashforth, Blake, E. e GlenKreiner. 2013. “Profane or Profound? Finding Meaning in Dirty Work”. Em Purpose and Meaning in the Workplace, editado por MichaelSteger, ZintaByrne e BryanJ. Dik, 127-150. Washington: American Psychological Association.
Ashforth, Blake, E. e GlenKreiner. 2014. “Dirty Work and Dirtier Work: Differences in Countering Physical, Social, and Moral Stigma”. Management and Organization Review 10 (1): 81-108. https://dx.doi.org/10.1111/more.12044
Câmara, Millena Claudia Coutinho. 2011. “O agente funerário e a morte. O cuidado presente diante da vida ausente”. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil.
Douglas, Mary. 2010. Pureza e Perigo.São Paulo: Perspectiva.
Farina, Anete Souza, AdaAntunes, JulianaEmy Yokomizo e LiviaCarolina Ariente. 2009. “A morte como trabalho, um estudo com agentes funerários da Grande São Paulo”. Em Temas contemporâneos em Psicologia do Cotidiano,editado por AlexMoreira Carvalho e AneteSouza Farina, 35-58. São Paulo: Editora Expressão e Arte.
Forsyth, Craig, EddiePalmer e JessicaSimpson. 2006. “Funeral Director: Maintaining Business, Reputation and Performance”. Free Inquiry In Creative Sociology 34 (2): 123-132.
Goffman, Erving. 1959. The Presentation of Self in Every Day Life.Nova York: Anchor Books.
Goffman, Erving. 1963. Stigma: Notes on the Management of Spoiled Identity.Englewood Cliffs: Prentice Hall.
Hughes, Everett. 1962. “Good People and Dirty Work”. Social Problems 10 (1): 3-11. https://dx.doi.org/10.2307/799402
Kovács, Maria Julia, NancyVaiciunas, ElaineGomes Reis Alves. 2014. “Profissionais do Serviço Funerário e a Questão da Morte”. Psicologia: Ciência e Profissão 34 (4): 940-954. http://dx.doi.org/10.1590/1982-370001272013
Kreiner, Glen, E.BlakeAshforth e DavidSluss. 2006. “Identity Dynamics in Occupational Dirty Work: Integrating Social Identity and System Justication Perspectives”. Organization Science 17 (5): 619-636. https://doi.org/10.1287/orsc.1060.0208
Mc Cabe, Darren e LindsayHamilton. 2015. “The Kill Programme: an Ethnographic Study of ’Dirtywork’ in a Slaughterhouse”. New Technology, Work and Employment 30 (2): 95-108. https://doi.org/10.1111/ntwe.12046
Ribas, Vanuzia e FrancivaldoAlmeida Gomes. 2012. “Trabalhadores da morte. Dilemas Éticos”. Mundo da Saúde 36 (1): 86-89.
Rodrigues, José Carlos. 2006. Tabu da Morte. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Souza, Katia Cristina Caparroz de e MagaliRoseira Boemer. 1998. “O significado do trabalho em funerárias sob a perspectiva do trabalhador”. Saúde e Sociedade 7 (1): 27-52. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12901998000100003
Thompson, William, E.1983. “Hanging Tongues: A Sociological Encounter with the Assembly Line”. Qualitative Sociology 6 (3): 215-237.
Thompson, William E.1991. “Handling the Stigma of Handling the Dead: Morticians and Funeral Directors”. Deviant Behavior 12 (4): 403-429.
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.