Entre antagonismos y fantasías: la identificación política de los estudiantes de clases populares con Jair Bolsonaro en las elecciones presidenciales brasileñas de 2018 y 2022
No. 94 (2025-10-15)Autor/a(es/as)
-
Luciana Silvestre GirelliInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, campus Vitória, BrasilIdentificador ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2973-3924
-
Igor Suzano MachadoUniversidade Federal do Espírito Santo, BrasilIdentificador ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4843-9664
Resumen
El artículo aborda el proceso de identificación política de estudiantes de cursos técnicos vinculados a la escuela secundaria, en la modalidad de la educación de jóvenes y adultos, con el candidato Jair Messias Bolsonaro, en las elecciones presidenciales brasileñas de 2018 y 2022. El objetivo del estudio fue demostrar cómo sujetos de las clases bajas, marcados por la discontinuidad en el proceso escolar y por la vulnerabilidad laboral, optaron por un candidato de extrema derecha. Los datos presentados se recopilaron a través de entrevistas individuales, no directivas y semiestructuradas, grupos focales y observación de diálogos en aplicaciones de mensajería, en 2022 y 2023. Para analizar los resultados, se adoptó la teoría del discurso de la Escuela de Essex como perspectiva teórico-metodológica. Partiendo de las categorías de identificación política, antagonismo y fantasía, se concluyó que los estudiantes estaban movilizados por agendas morales, especialmente la defensa de la familia, que se articulaban, antagónicamente, en torno a la lucha contra un enemigo común: el Partido de los Trabajadores (PT) y la izquierda. Desde el punto de vista ideológico o fantasmático, se constató que los estudiantes se vieron involucrados en este régimen de creencias a través de una fuerte movilización de afectos, como el miedo, la frustración y el resentimiento, que se manifestaron, entre otras razones, por la no consideración de este público en ciertas políticas de inclusión social de los Gobiernos del PT. En términos de originalidad, el texto presenta cómo estos sujetos de las clases bajas, a partir de su vida cotidiana, atribuyeron significado a la propuesta de la extrema derecha brasileña y ejemplifica el modo en que la estrategia digital de desintermediación entre líder y pueblo fue fundamental para el éxito del bolsonarismo en el grupo en cuestión.
Referencias
Avelar, Idelber. 2021. Eles em nós: retórica e antagonismo político no Brasil do século XXI. Rio de Janeiro: Record.
Brown, Wendy. 2019. Nas ruínas do neoliberalismo: a ascensão da política antidemocrática no Ocidente. Traduzido por Mario Antunes Marino e Eduardo Altheman C. Santos. São Paulo: Editora Filosófica Politeia.
Burity, Joanildo. 2020. “¿Ola conservadora y surgimiento de la nueva derecha cristiana brasileña? La coyuntura postimpeachment en Brasil”. Ciencias Sociales y Religión/Ciências Sociais e Religião 22: 1-24. https://doi.org/10.20396/csr.v22i00.13754
Cesarino, Letícia. 2019. “Identidade e representação no bolsonarismo. Corpo digital do rei, bivalência conservadorismo-neoliberalismo e pessoa fractal”. Revista de Antropologia 62 (3): 530-557. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2019.165232
Cesarino, Letícia. 2021. “Pós-verdade e a crise do sistema de peritos: uma explicação cibernética”. Ilha Revista de Antropologia 23 (1): 73-96. https://doi.org/10.5007/2175-8034.2021.e75630
Cesarino, Letícia. 2022. O mundo do avesso: verdade e política na era digital. São Paulo: Ubu.
Gallego, Esther Solano. 2018. “Crise da Democracia e extremismos de direita”. Friedrich Ebert-Stiftung Brasil 42: 3-28. https://library.fes.de/pdf-files/bueros/brasilien/14508.pdf
Giddens, Anthony. 1991. As consequências da modernidade. Traduzido por Raul Fiker. São Paulo: Editora Unesp.
Girelli, Luciana Silvestre. 2024. “Entre a direita e a esquerda no Brasil popular: um estudo sobre a formação da identificação política de estudantes do Proeja/Ifes nas eleições presidenciais brasileiras de 2018 e 2022”. Tese de doutorado, Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil. https://repositorio.ufes.br/items/067ea21f-b95f-4cc3-b371-f873a53d5fe7
Glynos, Jason. 2011. “Fantasy and Identity in Critical Political Theory”. Filozofski Vestnik 32 (2): 65-88. https://core.ac.uk/download/pdf/9589899.pdf
Hall, Stuart. 2006. A identidade cultural na pós-modernidade. Traduzido por Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A.
Hall, Stuart. 2012. “Quem precisa de identidade?”. Em Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais, organizado por Tomaz Tadeu da Silva, 103-133. Petrópolis: Vozes.
Kalil, Isabela Oliveira. 2018. Quem são e no que acreditam os eleitores de Jair Bolsonaro?. Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. (Relatório de pesquisa). https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/03/Relat%C3%B3rio-para-Site-FESPSP.pdf
Lacerda, Marina Basso. 2019. O novo conservadorismo brasileiro: de Reagan a Bolsonaro. Porto Alegre: Zouk.
Laclau, Ernesto. 2009. “Populismo: ¿qué nos dice el nombre?”. Em El Populismo como espejo de la democracia, organizado por Francisco Panizza, 51-70. Buenos Aires: FCE.
Laclau, Ernesto e Chantal Mouffe. 2015. Hegemonia e estratégia socialista: por uma política democrática radical. Traduzido por Joanildo A. Burity, Josias de Paula Jr. e Aécio Amaral. São Paulo: Intermeios; CNPq.
Laclau, Ernesto e Lilian Zac. 1994. “Minding the Gap: The Subject of Politics”. Em The Making of Political Identities, organizado por Ernesto Laclau, 11-39. Nova Iorque: Verso.
Laclau, Ernesto. 2000. Nuevas reflexiones sobre la revolución de nuestro tiempo. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión.
Levitsky, Steven e Daniel Ziblatt. 2018. Como as democracias morrem. Traduzido por Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar.
Lopes, Alice Casimiro e Daniel de Mendonça. 2013. “O populismo na visão inovadora de Laclau”. Apresentação à A razão populista de Ernesto Laclau, 9-17. São Paulo: Três Estrelas.
Lynch, Christian e Paulo Henrique Cassimiro. 2022. O populismo reacionário: ascensão e legado do bolsonarismo. São Paulo: Contracorrente.
Mendonça, Daniel de e Léo Peixoto Rodrigues. 2014. “Em torno de Ernesto Laclau: pós-estruturalismo e teoria do discurso”. Em Pós-Estruturalismo e Teoria do Discurso: em torno de Ernesto Laclau, organizado por Daniel de Mendonça e Léo Peixoto Rodrigues, 47-57. Porto Alegre: EDIPUCRS.
Mendonça, Daniel de. 2012. “Antagonismo como identificação política”. Revista Brasileira de Ciência Política 9: 205-228. https://www.scielo.br/pdf/rbcpol/n9/08.pdf
Pinheiro-Machado, Rosana. 2016. “Luzes antropológicas ao obscurantismo: uma agenda de pesquisa sobre o ‘Brasil profundo’ em tempos de crise”. Revista de Antropologia Social da UFSCar 8 (2): 21-28. https://doi.org/10.52426/rau.v8i2.166
Rocha, Camila. 2018. “O boom das novas direitas brasileiras: financiamento ou militância?”. Em O ódio como política: a reinvenção das direitas no Brasil, organizado por Esther Solano Gallego, 47-52. São Paulo: Boitempo.
Sarti, Cynthia Andersen. 2007. A família como espelho: um estudo sobre a moral dos pobres. São Paulo: Cortez.
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. 2007. Programa Nacional de integração da Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Documento Base. Brasília: Setec/MEC. http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf2/proeja_medio.pdf
Spyer, Juliano. 2020. Povo de Deus: quem são os evangélicos e por que eles importam. São Paulo: Geração Editorial.
Stavrakakis, Yannis. 2007. Lacan y lo político. Traduzido por Luis Barbieri e Martín Valiente. Buenos Aires: Prometeo Libros.
Stavrakakis, Yannis. 2010. “Symbolic Authority, Fantasmatic Enjoyment and the Spirits of Capitalism: Genealogies of Mutual Engagement”. Em Lacan and Organization, organizado por Carl Cederström e Casper Hoedemaekers, 59-100. Londres: MayFlyBooks.
Tocqueville, Alexis de. (1835) 2005. A democracia na América: leis e costumes. De certas leis e certos costumes políticos que foram naturalmente sugeridos aos americanos por seu Estado social democrático. São Paulo: Martins Fontes.
Licencia
Derechos de autor 2025 Luciana Silvestre Girelli, Igor Suzano Machado

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.